Sociedade | 24-02-2025 07:00

Mário Martins tem inundações em casa devido ao escoamento mal concebido em VFX

Mário Martins tem inundações em casa devido ao escoamento mal concebido em VFX
Casa de Mário Martins inunda-se sempre que chove com mais intensidade há mais de uma década e ainda ninguém arranjou solução para o problema

Uma década depois de ter comprado casa ainda ninguém valeu a Mário Martins, professor reformado que tem um sumidouro de águas mal desenhado à sua porta que causa inundações e prejuízos sempre que chove demasiado.

Sempre que chove com mais intensidade, a água acumula-se nos sumidouros à porta da casa de Mário Martins, na Rua Alto da Cruz, na Loja Nova, concelho de Vila Franca de Xira e não há quem consiga resolver de vez o problema que se arrasta há uma década. Já se queixou por escrito, incluindo com imagens e vídeos das inundações, a todas as entidades possíveis, da junta de freguesia aos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) e Câmara de Vila Franca de Xira, mas até agora, uma década depois de ter comprado casa naquele local, lamenta que nada tenha sido feito.
Como o sumidouro está mal desenhado, a água acumula-se quando chove com maior intensidade e depois desce pelas escadas e rampa da casa de Mário Martins até à sua cave, situada abaixo da cota da estrada, inundando a cozinha, sala de estar e um quarto onde tem uma colecção de instrumentos musicais que se estão a degradar. A frequência das inundações já o obrigou, inclusive, a levantar muitos deles do chão.
“Estou sempre com o coração nas mãos e não vejo ninguém com vontade séria de vir resolver este problema”, lamenta a O MIRANTE. Mário Martins, 64 anos, nasceu na Venezuela e está reformado. Foi professor de educação musical, depois professor do primeiro ciclo e professor de educação especial trabalhando com jovens com autismo e paralisia cerebral. Pelo meio também foi músico numa banda no concelho de Vila Franca de Xira.
Poucos meses depois de comprar casa na Loja Nova sofreu a sua primeira inundação. No ano a seguir outra e assim tem sido até aos dias de hoje. “Já umas cinco ou seis vezes fiquei com a casa toda inundada”, lamenta. Diz que a presidente da Junta de Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras foi inexcedível em todo o processo, mas lamenta que não possa fazer muito mais dadas as suas competências. “Já aqui vieram fiscais dos SMAS ver a situação mas alguns nem uma fita métrica ou um nível trouxeram para perceber o que está a causar a inundação e chutam sempre o problema para a falta de limpeza, o que não é verdade”, critica. Nenhum deles quis entrar na casa de Mário Martins para ver o prejuízo que as inundações causam.
Na última semana, o morador disse ao nosso jornal ter recebido a visita do administrador dos SMAS, que quis ver o problema com os próprios olhos. No entanto, lamenta, nada terá sido feito para tornar a obra de reparação do problema uma realidade. “O sumidouro ou está mal projectado ou então os defeitos do tempo levaram a um abatimento e ninguém reparou, causando um acumular das águas. Se assim for, então é problema de falta de manutenção. Mas alguma coisa tem de ser feita”, apela o morador, que se tem valido dos vizinhos para o ajudar sempre que a casa fica inundada.
A O MIRANTE os SMAS dizem já ter desobstruído os colectores e limpo as valetas em frente à casa mas admite não ter na zona uma rede própria de drenagem de águas pluviais. Garante estar a desenvolver um procedimento para realizar essa drenagem e resolver o problema do morador. A solução técnica, explica os SMAS, é refazer a valeta, o que será feito “assim que as condições climatéricas o permitam”.

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