Sociedade | 25-02-2025 07:00
Município de Alpiarça sem financiamento para adquirir casas do património dos pobres
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Famílias que vivem em casas da paróquia de Alpiarça temeram serem despejadas
Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana rejeitou financiamento para a Câmara de Alpiarça adquirir e reabilitar as casas do património dos pobres, propriedade da paróquia local.
A Câmara de Alpiarça e a Igreja estão em conversações para encontrarem solução para as casas do Património dos Pobres, sobretudo no que toca à melhoria das condições de habitabilidade. A autarquia questionou o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) sobre a possibilidade de o município adquirir e reabilitar as quatro casas do património dos pobres que o pároco Tiago Pires queria vender para pagar obras na igreja, mas o financiamento a que o município se candidatou, no âmbito da Estratégia Local de Habitação, foi recusado. A questão foi levantada pelo deputado da CDU e ex-presidente da câmara, Mário Pereira, em assembleia municipal, mas, ao que tudo indica, depois de toda a polémica, os moradores não terão de abandonar as casas da paróquia, pelo menos por enquanto.
Recorde-se que O MIRANTE conversou com duas famílias em Agosto último que temiam ficar na rua, uma vez que não têm os 50 mil e 55 mil euros que a Igreja pede pelas casas. A Diocese de Santarém, entidade que tem de autorizar a venda, dizia no mesmo mês não ter recebido nenhum pedido para compra das habitações.
O pároco de Alpiarça abordou em reunião com a presidente da câmara, Sónia Sanfona (PS), as dificuldades em manter as casas, uma vez que a Igreja está a pagar imposto municipal sobre imóveis e contribuição extraordinária por imóveis cedidos gratuitamente. Se fossem adquiridas pelo município, as casas entrariam no mercado social de arrendamento e as situações das famílias seriam reavaliadas do ponto de vista dos rendimentos para aferir se tinham capacidade para pagar uma renda.
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