Sociedade | 10-03-2025 07:00

Comandantes das corporações de bombeiros do Médio Tejo contra reversão de modelo da Protecção Civil

Para uma dezena de comandantes de bombeiros do Médio Tejo reverter o modelo organizativo da Protecção Civil pode comprometer os avanços alcançados, enfraquecer a cooperação entre as entidades envolvidas na proteção civil e pôr em causa todo o trabalho de proximidade com os autarcas e suas comunidades.

Dez dos 14 comandantes das corporações de bombeiros do Médio Tejo manifestaram a sua preocupação com a anunciada intenção de alteração do modelo organizativo da Protecção Civil, em carta aberta dirigida ao Governo. “É opinião dos subscritores desta missiva que desde a sua implementação, em Janeiro de 2023, estes comandos sub-regionais têm desempenhado um papel crucial na coordenação eficaz entre os corpos de bombeiros, autarquias e as comunidades intermunicipais, fortalecendo a resposta a emergências e a protecção das populações”, acrescenta o documento. Os subscritores defendem que “a acção conjunta, musculada e articulada dos corpos de bombeiros, maximizada neste modelo de "proximidade" adoptado através dos CSREPC, tem permitido promover e potenciar a partilha de meios e recursos (materiais e humanos) entre todos os seus agentes (designadamente os Corpos de Bombeiros), com claros benefícios para todos e, no fim de linha, para as suas populações”.
Os 10 dos 14 comandantes do sub-comando regional, com comando instalado em Praia do Ribatejo, apontam a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo como um exemplo notável desta colaboração bem-sucedida, e as mais valias do actual modelo. “Recentemente foi anunciado um investimento de cinco milhões de euros na aquisição de 11 veículos operacionais e uma embarcação, de entre outras obras em infraestruturas e aquisição de equipamentos, destinados às diversas corporações de bombeiros que abrangem os seus territórios municipais e da sub-região do Médio Tejo, considerando-o como "um todo" e não "várias partes individuais", e que territorialmente abrangem os concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha”, salientam.
Tendo defendido que uma nova reestruturação seria “nefasta e precipitada”, os subscritores da missiva apelam à tutela “que ocorra uma reconsideração desta intenção, valorizando, assim, os progressos obtidos e mantendo a estrutura organizativa que tem demonstrado eficácia na protecção das comunidades, apoiada nos corpos de bombeiros”. O documento é assinado pelos comandantes de 10 das 14 corporações do Médio Tejo, nomeadamente de Abrantes, Alcanena, Entroncamento, Caxarias, Fátima, Ferreira do Zêzere, Sardoal, Tomar e Vila Nova da Barquinha. Os comandantes das corporações de Ourém, Torres Novas, Constância e Mação não subscreveram o documento.

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