Sociedade | 13-03-2025 18:00

Informação sobre como agir em caso de acidente grave na CLC levanta dúvidas

Informação sobre como agir em caso de acidente grave na CLC levanta dúvidas

Cidadã diz que panfleto distribuído pela Câmara de Azambuja, com recomendações sobre como agir em caso de acidente grave na Companhia Logística de Combustíveis, é confuso e não chegou a todos os que moram nas proximidades da empresa, em Aveiras de Cima. Presidente do município diz que vão dar a informação necessária à população.

As medidas de autoprotecção recomendadas em caso de acidente grave na Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em Aveiras de Cima, são confusas e insuficientes para que a população saiba como agir. Essa é a opinião da munícipe Conceição Maurício, que marcou presença na última Assembleia Municipal de Azambuja e também numa das últimas reuniões do executivo camarário, onde disse estar “preocupada com a falta de informação”.
Os folhetos com informação dirigida à população de Aveiras de Cima foram postos a circular pela Câmara de Azambuja e motivaram algumas reacções. Conceição Maurício confrontou a vereadora da Protecção Civil, Ana Coelho, e enviou à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) uma carta com as suas preocupações, tendo esta entidade encaminhado a mesma para a câmara municipal e Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil para que avaliassem e “desencadeassem eventuais medidas de correcção”.
A munícipe refere que o panfleto, além de não identificar o tipo de acidente, “presta informações contraditórias” como por exemplo dizer que “se for recomendado deve permanecer em casa, fechar portas e janelas” e, mais abaixo, “em caso de evacuação abandone o local siga as instruções da protecção civil”.
“O que existe é uma amálgama de informação que acaba por confundir em vez de esclarecer. Embora entenda que este assunto é complexo, não me parece que restem dúvidas de que a informação do panfleto pode e deve ser melhorada”, defendeu a munícipe. Acrescentou que a distribuição foi fraca e deficiente porque conhece várias pessoas que moram na zona e que não receberam o folheto.
Após o primeiro alerta da munícipe, a Câmara de Azambuja reforçou a distribuição dos folhetos tendo mantido o seu conteúdo. No entanto, o presidente do município, Silvino Lúcio (PS), disse na última sessão da assembleia municipal que “nem sempre as coisas estão bem” e que iriam “dar a informação necessária” à população residente na área de maior risco (2,6 Km) da CLC. Em reunião anterior, a vereadora Ana Coelho tinha dito que os panfletos, elaborados em conjunto com o departamento de comunicação da CLC, foram distribuídos por correio na área prioritária definida.

CLC considerada “instalação de perigosidade elevada”
Num documento de informação publicado no seu site na Internet, a CLC afirma que a “ocorrência de acidentes de grande dimensão (por exemplo, incêndios, explosões, derrames) relacionados com a libertação de substâncias perigosas presentes no estabelecimento pode colocar em risco os seus trabalhadores, a população na envolvente e afectar seriamente o ambiente”. Sobre as medidas de protecção à população, a empresa remete para o site da Câmara de Azambuja, entidade responsável pelo plano de emergência externo.
Por sua vez, o município menciona no seu site oficial que, em caso de acidente na CLC, “instalação de perigosidade elevada”, é activada “a estrutura municipal de protecção civil que fará chegar à população todas as orientações de como deverá agir para garantir a sua segurança”.

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