Sociedade | 14-03-2025 15:53
O sono é um pilar da saúde muitas vezes sacrificado e menosprezado

André Pedro procurou ajuda e foi diagnosticado com um dos 80 distúrbios do sono. Gustavo Reis, mestre em patologia do sono e director do Serviço de Pneumologia e do Departamento de Medicina da ULS Lezíria
Há os que dormem e acordam revigorados, mas André Pedro não. Mesmo dormindo oito horas acordava exausto. Durante anos foi assim até procurar ajuda e ser diagnosticado com um dos 80 distúrbios do sono. Dormir não é um luxo, mas uma necessidade biológica que se não for cumprida tem consequências profundas na saúde física e mental, alerta o especialista em patologia do sono, Gustavo Reis. Esta sexta-feira, 15 de Março, assinala-se o Dia Mundial do Sono.
André Pedro não sabe quando é que começou a dormir mal. Durante anos normalizou o acordar sem energia, sem vontade de enfrentar o dia porque, afinal, tinha dormido as oito horas recomendadas por noite para um sono reparador. Achava que era dele, que era assim porque tinha engordado demasiado e, por isso, não procurava ajuda. Mas começou a ser cada vez mais difícil encarar as manhãs. “Era uma sensação desgastante. Imagine um telemóvel a tentar funcionar ao 1% de bateria, era isso”. Mas o telemóvel desligava-se e André não. Tinha de trabalhar e lidar com o seu próprio estado de cansaço permanente, de ansiedade e de uma irritabilidade constante e veloz.
Surdo desde os oito meses, devido a uma meningite, e casado com uma mulher surda, foram as queixas da filha do casal, de que o seu ressonar era “muito alto”, que o despertaram para a possibilidade de ter um problema. E aí lembrou-se do conselho que já a sogra lhe tinha dado num dia em que foi dormir a sua casa: “disse várias vezes para eu ir ao médico, mas ignorei”.
*Reportagem completa na próxima edição semanal de O MIRANTE
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