Sociedade | 16-03-2025 12:00

Diabético impedido de trocar penso no Centro de Saúde de Vialonga

Diabético impedido de trocar penso no Centro de Saúde de Vialonga
Rui Saial, diabético, ficou sem médica em Vialonga e sem acesso a consulta de enfermagem para tratar o pé

Rui Saial, diabético e insulinodependente, viu-se impedido de trocar o penso do pé na Unidade de Saúde Familiar de Vialonga após a reforma da sua médica de família. Sem resposta clara sobre onde pode receber o tratamento, enfrenta dificuldade no acesso aos cuidados de saúde.

Desde que a médica de família se reformou, recentemente, da Unidade de Saúde Familiar (USF) Villa Longa, em Vialonga, que Rui Saial diz que lhe recusam trocar o penso do pé na consulta de enfermagem. O paciente vive em Verdelha do Ruivo, em Vialonga, e sempre foi acompanhado pela médica de família na USF. É diabético, insulinodependente e um dedo do pé direito foi amputado por causa da doença.
Actualmente precisa de trocar o penso do pé, dia sim dia não, mas da última vez que foi ao centro de saúde ficou admirado com a resposta. “Dei o cartão e disse que tinha marcação para trocar o penso. A administrativa foi ao gabinete da enfermeira e disse que já não podia fazer lá os pensos porque o director do Hospital Vila Franca de Xira tinha dado ordens de que quem não tinha médico de família já não podia ser tratado em Vialonga”, afirmou Rui Saial.
A solução dada ao balcão foi de que tinha de agendar os tratamentos de enfermagem no Centro de Saúde do Forte da Casa e que tinha deixado de estar inscrito em Vialonga. “Ligo para o Forte da Casa e não atendem o telefone. Não conduzo e vou para lá com dores para depois correr o risco de não ser tratado?”, questiona.
Rui Saial é varredor na Junta de Freguesia de Vialonga e tem muitas vezes o pé inchado. Lamenta a falta de resposta e a dúvida de onde pode agora pedir as receitas para a sua doença crónica (compridos e insulina).
O MIRANTE pediu esclarecimentos à Unidade Local de Saúde Estuário do Tejo mas não obteve resposta até ao fecho da edição.
A porta-voz da Comissão de Utentes de Saúde de Vialonga, Isabel Pato, explicou a O MIRANTE que existe uma informação da ULS a dizer que os utentes das duas médicas que saíram da USF Villa Longa, e que por isso ficaram sem médico de família atribuído, só podem ter consulta médica no Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria e atendimento de enfermagem no Centro de Saúde do Forte da Casa.
“Deduzo por aí que as pessoas que trabalham na USF só informaram consoante as ordens que têm. As USF só têm inscritos com médico de família e quem não tem é mandado para a Póvoa. Gostávamos que isto se resolvesse. Tivemos conhecimento que há uma médica interessada em ir para a USF de Vialonga e já terá pedido para ir, mas até agora não se concretizou”, disse a porta-voz dos utentes.

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