Sociedade | 19-03-2025 18:00

Certificação para proteger melão de Almeirim está na comissão europeia

Certificação para proteger melão de Almeirim está na comissão europeia

O produto, que já obteve a nível nacional o registo de indicação geográfica, está agora em vias de obter um selo europeu que atesta a sua autenticidade.

A certificação do melão de Almeirim como produto com IGP-Indicação Geográfica Protegida já foi enviado para a Comissão Europeia pela Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, com base num processo desenvolvido pelo município. Quando a União Europeia decretar a certificação mediante determinadas regras de produção, o melão passa a ser o segundo produto de Almeirim com selo europeu depois da sopa da pedra ter obtido a classificação de Especialidade Tradicional Garantida (ETG) em 2022, tendo sido o segundo produto a nível nacional a obter esta classificação.
O processo de certificação do melão tem cerca de seis anos, tendo em 2021 obtido a indicação geográfica decretada pelo Governo, que garante a autenticidade e o distingue de outros que são vendidos como sendo desta zona, mas que nem características idênticas têm. O presidente da câmara, Pedro Ribeiro, reconhece que o processo de certificação europeia é moroso, “como são todas estas certificações de produtos europeus de qualidade”. O autarca diz estar convicto que o município conseguiu responder a tudo o que foi pedido no âmbito da candidatura e está certo que será desta que finalmente Almeirim terá certificação europeia do melão.
A certificação obriga a que o melão seja cultivado apenas no concelho de Almeirim, na freguesia de Muge (Salvaterra de Magos) e na área de Santa Iria da Ribeira (Santarém). O processo para salvar o fruto único no país tem duas décadas depois de ter estado outras tantas décadas sem se produzir devido ao facto de precisar de mais mão-de-obra que os outros melões e de ter menores produções. Em 2005 a câmara fez uma parceria com a cooperativa CACER e com a Escola Superior Agrária, depois de ter descoberto que havia um antigo agricultor que tinha guardado um frasco com sementes. O projecto caiu pouco tempo depois com a falência da cooperativa.
Em 2014 o município conseguiu convencer alguns agricultores a ressuscitar a cultura que não é apelativa porque tem custos de produção mais elevados por ser mais tardio está mais sujeito a pragas. O fruto é plantado em Maio e deve estar pronto a comer no início de Setembro. Distingue-se pela casca verde, mais grossa e áspera, e pelo paladar, mais doce e suculento. O município adquire parte da produção e coloca-a à venda no posto de turismo e nos restaurantes, apresentando-o também em feiras e exposições, entre outras iniciativas, e já foi vendido também em supermercados.

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