Sociedade | 19-03-2025 14:14

Ministra da Cultura promete empenho na classificação do centro histórico de Santarém

Ministra da Cultura promete empenho na classificação do centro histórico de Santarém
A ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, com o vereador do centro histórico, Nuno Domingos

O processo de classificação da zona histórica de Santarém e Ribeira de Santarém arrasta-se há mais de uma dúzia de anos

A ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, deixou a garantia que o instituto público Património Cultural, dirigido por João Soalheiro, “não pode estar mais motivado” no que toca à classificação do centro histórico de Santarém e ao “cumprimento dos desígnios do município” nesse campo. A afirmação foi deixada durante o breve discurso que proferiu na cerimónia de reabertura da Torres das Cabaças e do Núcleo Museológico do Tempo aí instalado.
Tal como noticiámos na anterior edição de O MIRANTE, o processo de classificação do centro histórico de Santarém dura há mais de uma dúzia anos e deve ganhar novo alento lá para Maio com o recomeço das diligências com vista à sua conclusão. Pelo menos foi isso que ficou definido numa reunião em Fevereiro entre a Câmara de Santarém e o instituto público Património Cultural, que sucedeu à Direcção-Geral do Património Cultural, entidade que tutelava toda a tramitação. Mas a indefinição política que o país atravessa fez pairar algumas dúvidas sobre se será mesmo desta, como admitiu o vereador com o pelouro do Centro Histórico, Nuno Domingos (PS).
Contactado há duas semanas para fazer um ponto da situação sobre essa interminável novela, Nuno Domingos disse que ficou o compromisso por parte do presidente do Património Cultural de se reiniciar o processo a seguir à Páscoa a partir do ponto onde ficou. “Há muito trabalho feito e é retomá-lo”, revelou o vereador, que não adiantou um prazo estimado para o processo estar concluído. “Nós já só queremos que ele recomece”, declarou.
O processo de classificação da zona histórica de Santarém e Ribeira de Santarém arrasta-se há mais de uma dúzia de anos. O moroso processo implicou a delimitação de uma zona especial de protecção provisória na zona mais antiga da cidade e trouxe dores de cabeça acrescidas para licenciar simples obras de manutenção em edifícios da área abrangida, distribuída pelas freguesias de Marvila, São Salvador, São Nicolau e Santa Iria da Ribeira de Santarém.


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