Sociedade | 23-03-2025 18:00

Comerciantes queixam-se da colocação de pilaretes em avenida de Torres Novas

Um grupo de comerciantes, empresários, encarregados de educação e moradores da Avenida Manuel de Figueiredo pediram à Câmara de Torres Novas que reavalie a colocação de pilaretes nos passeios, considerando que a medida implementada em Fevereiro último está a prejudicar os negócios na zona.

Um grupo de comerciantes, empresários, encarregados de educação e moradores da Avenida Manuel de Figueiredo pediram à Câmara de Torres Novas que reavalie a colocação de pilaretes nos passeios, considerando que a medida implementada em Fevereiro último está a prejudicar os negócios na zona. E apelam à autarquia que encontre uma melhor solução para os problemas de trânsito e falta de estacionamento.
Através de um abaixo-assinado apresentado na última reunião de câmara, os 250 signatários entendem que os pilaretes não só estão a afastar os clientes como vieram agudizar o problema da falta de estacionamento há muito existente na avenida e dificultar o acesso dos moradores às suas casas, de veículos de cargas e descargas aos comércios bem como de acesso de meios de auxílio, como ambulâncias, às entradas dos edifícios de habitação. Catarina Santos, proprietária de um centro de línguas instalado há décadas naquela avenida e que ali estava em representação dos queixosos, notou ainda que a solução encontrada pelo município “não foi feliz”, pois além do já mencionado foi criar “barreiras arquitectónicas, dificuldades para as pessoas com mobilidade condicionada e risco de queda das pessoas que circulam no passeio”.
Sónia Zacarias, co-proprietária de uma padaria na avenida, afirmou que desde que foram colocados os pilaretes assiste-se a uma redução do número de clientes no seu negócio, estando preocupada com a “sustentabilidade do negócio e postos de trabalho”. “Houve clientes que já nos disseram que não conseguem ir à padaria, clientes mais idosos que têm mobilidade reduzida e que paravam por curtos períodos de tempo para ir buscar as suas coisas”, disse, acrescentando que a alteração também tem causado constrangimentos nas cargas e descargas.
Para os signatários, uma das alternativas aos pilaretes poderia passar pelo encurtamento dos passeios, conforme existe na outra faixa de rodagem, criando uma área devidamente sinalizada para paragens rápidas, garantindo a fluidez do trânsito. Apesar de conscientes de que sem os pilaretes havia pessoas que estacionavam em cima dos passeios, sublinham que aquela se trata de uma avenida cheia de vida.
O presidente do município, Pedro Ferreira (PS), disse que a falta de estacionamento é um problema transversal à cidade. O autarca clarificou ainda que havia carros estacionados indevidamente em cima dos passeios. Segundo avançou o vereador com o pelouro do Trânsito, João Trindade, a autarquia está atenta e disponível para reavaliar a medida implementada que tinha como objectivo travar o estacionamento indevido naquela avenida, sobretudo ao fim do dia. “Sabemos que nem sempre tomamos as melhores medidas e que devemos estudar e acompanhar as mesmas”, prosseguiu o vereador, salientando que era recorrente haver carros estacionados “constantemente e largas horas” em cima dos passeios. Disse ainda que com a colocação dos pilaretes verificou-se uma diminuição de constrangimento de trânsito na avenida.
Como solução, está em cima da mesa a criação de um lugar para cargas e descargas, assim como para “tomada e largada de passageiros” junto à clínica de fisioterapia. A alternativa, fez saber, irá à próxima reunião da comissão de trânsito e, para que resulte, vai-se “sensibilizar a PSP e, se necessário, recorrer a gratificados, para garantir que o espaço está vazio e que é usado para paragens de curta duração”. O passeio não pode ser reduzido porque para aquela avenida está projectada uma ciclovia.

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