Restrição de estacionamento e mais policiamento entre propostas de associação de Santarém

Caderno de medidas está a ser elaborado pelos sócios da Associação de Moradores do Centro Histórico de Santarém e vai ser apresentado em primeira mão às forças políticas locais com o objectivo de serem incluídas nos programas eleitorais para as autárquicas deste ano.
A limitação de algum estacionamento a moradores, mais policiamento e maior controlo de pragas estão entre as propostas que a Associação de Moradores do Centro Histórico de Santarém (AMCHS) vai apresentar às forças políticas locais, no âmbito das autárquicas. “São propostas divididas em quatro grupos. Um grupo de trabalho focou-se na mobilidade e no estacionamento, outro grupo de trabalho está dedicado à questão da limpeza e ambiente, outro na questão da reabilitação do edificado e um quarto focado na questão da segurança. São temas que os associados identificaram como os mais prementes para o centro histórico da cidade de Santarém”, afirmou à Lusa o presidente da associação, Francisco Pombas. “Há zonas do centro histórico que devem ser restritas, quer em estacionamento, quer em circulação automóvel, a moradores. Nós defendemos que a Rua Serpa Pinto seja aberta ao trânsito automóvel para os moradores dessa rua, devidamente cadastrados e identificados nos serviços da câmara municipal”, exemplificou Francisco Pombas.
Na reabilitação do edificado, a AMCHS defende que a autarquia deve ter um papel mais activo no apoio aos proprietários, através de incentivos financeiros para a recuperação dos edifícios. É também pedido o reforço do controlo de pragas, como pombos, ratos e baratas, que representam um flagelo para muitos moradores do centro histórico. “Não faz sentido que não haja uma política ambiental, de limpeza urbana”, afirmou o representante. A associação já tinha apresentado um caderno de propostas no âmbito do mandato autárquico 2020-2025, mas o responsável considera que a taxa de execução foi negativa - apesar de reconhecer algumas melhorias promovidas pelo município, como a requalificação de praças e a abertura de monumentos históricos, Francisco Pombas considerou que os residentes têm sido muitas vezes esquecidos. “Moradores, comércio e turismo são três vértices num triângulo que tem que ter equilíbrio e neste momento, a nossa avaliação é que os moradores são claramente o pilar mais esquecido deste triângulo”, referiu.
A segurança é outra das preocupações da AMCHS, que defende um reforço do policiamento no centro histórico como complemento às câmaras de videovigilância implementadas pela autarquia: “tem que haver rondas policiais. O policiamento a pé tornaria o centro histórico mais seguro”, disse. A associação de moradores surgiu há 15 anos, quando foram instalados os parquímetros na cidade, para mostrar uma posição concertada” sobre a medida. Perdeu actividade ao longo dos anos, mas foi revitalizada devido ao agravamento da sensação de insegurança.