Alenpalco ambiciona profissionalização e reformulação do Auditório Damião de Góis

A propósito do Dia Mundial do Teatro, que se assinala hoje, 27 de Março, estivemos à conversa com Simão Biernat, fundador da Alenpalco, companhia de teatro da vila de Alenquer. Criada em 2019, a companhia ambiciona a profissionalização enquanto aguarda a remodelação do Auditório Damião de Góis, espaço utilizado pela Alenpalco, mas que carece de obras profundas.
Simão Biernat, natural de Lisboa e criado em Alenquer, fundou a Alenpalco em 2019, com o objectivo de contribuir para a cultura local. Depois de estudar e trabalhar no estrangeiro, decidiu apostar na criação de um colectivo de teatro no concelho de Alenquer.
A companhia tem vindo a crescer, mas não tem um espaço próprio. A Alenpalco usa o Auditório Damião de Góis, cedido pela autarquia, um antigo cinema que esteve fechado durante anos e não recebe obras significativas desde 1990. O criador defende que capacitar o auditório, localizado no centro da vila de Alenquer, e fazer dele um pólo cultural, devia ser prioridade de qualquer executivo camarário. “Não estou a puxar a brasa à minha sardinha. Se tivermos aqui 300 pessoas todas as semanas a comunidade só tem a ganhar, os restaurantes e o comércio local”, sublinha.
O objectivo de Simão Biernat é alcançar a profissionalização da companhia, algo que só será possível com mais investimento público. Para ele, a arte deve ser remunerada e é essencial distinguir o teatro amador do profissional. “Temos de distinguir o que é profissional e o que é amador, há uma grande diferença. Não através do comportamento dos actores, mas do que devem mostrar ao espectador. Dou muito valor à formação e à profissionalização porque a arte tem de ser remunerada”, defende.
A companhia organiza anualmente, em parceria com a Câmara de Alenquer, o festival “Vamos ao Teatro”. O certame está a decorrer até ao final do mês de Março e tem tido um balanço muito positivo.
*Notícia para ler na íntegra na edição impressa de O MIRANTE