Sociedade | 07-04-2025 18:00

Centros de Saúde de Castanheira do Ribatejo e Alverca a necessitar de cuidados urgentes

Como se a falta de médicos não fosse suficiente, os edifícios dos Centros de Saúde de Castanheira do Ribatejo e Alverca precisam de obras urgentes. Câmara de Vila Franca de Xira alega que os trabalhos necessários não são da sua responsabilidade e em todo o concelho as reparações nos diferentes centros de saúde custam pelo menos três milhões de euros. A Unidade Local de Saúde Estuário do Tejo remete-se ao silêncio.

Os Centros de Saúde de Castanheira do Ribatejo e de Alverca do Ribatejo estão com vários problemas há meses por resolver e a situação está a alarmar os utentes e os autarcas. Em Castanheira do Ribatejo, como se a falta de médicos não fosse suficiente, situação que apenas permite que cada pessoa só peça receituário uma vez por mês, o edifício tem um elevador avariado desde Abril do ano passado, televisões que não funcionam e infiltrações que alagam várias salas do edifício sempre que chove com mais intensidade. “E depois temos o esgoto do piso zero que entope e deixa um cheiro a esgoto dentro do edifício”, criticou o vereador do Chega, Barreira Soares, na última reunião de câmara de Vila Franca de Xira, onde exigiu que o município faça valer a sua influência para pressionar as entidades responsáveis a agir. “Isto é lamentável”, criticou Barreira Soares.
A situação é também delicada no Centro de Saúde de Alverca, com o autarca a descrever “péssimas condições” em que os utentes são atendidos. Segundo o autarca, os equipamentos de ar condicionado estão avariados há meses, situação que tem obrigado os funcionários a levar aquecedores de casa para poderem estar confortáveis no trabalho. “E depois, no Verão, é como estar numa sauna sem pagar bilhete”, ironizou o autarca, lembrando também infiltrações que estão a acontecer em vários pontos do edifício e numa sala de espera.

Três milhões para corrigir deficiências
A Câmara de Vila Franca de Xira, recorde-se, ficou com a descentralização de competências na área da Saúde para realizar a manutenção dos centros de saúde do concelho mas apenas no seu funcionamento regular e não nos casos em que são precisas obras de fundo. No concelho, como O MIRANTE já tinha noticiado, a avaliação dos serviços municipais estimava que são precisos pelo menos três milhões de euros para corrigir deficiências nos edifícios e reparar avarias de grande dimensão. “A verba que recebemos para fazer as pequenas manutenções rapidamente se gasta. Estamos atentos e já fizemos várias reuniões com diferentes entidades no sentido de dar conta da quantidade de verbas que são necessárias para fazer essas intervenções de fundo”, explica o presidente do município, Fernando Paulo Ferreira.
Para já as queixas dos utentes vão-se fazendo ouvir nas ruas. O MIRANTE questionou a ULS Estuário do Tejo, liderada por Carlos Andrade Costa, sobre este assunto mas não recebeu resposta.
Em Fevereiro de 2023, recorde-se, foi realizada uma manifestação de utentes precisamente à porta do Centro de Saúde de Alverca, que é também sede da Unidade Local de Saúde Estuário do Tejo, que gere os centros de saúde de cinco concelhos e o Hospital Vila Franca de Xira. O protesto, que incluiu um cordão humano à volta do edifício, foi promovido pelas comissões de utentes de Alverca, Bom Sucesso e Arcena e contou também com a solidariedade de outras comissões de utentes da região.

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