Sociedade | 07-04-2025 07:00

Descontentamento cresce em Vialonga devido à falta de médicos

Descontentamento cresce em Vialonga devido à falta de médicos
Rui Saial

Utentes da USF Villa Longa estão indignados com a falta de médicos e ponderam um protesto. Com a saída de duas médicas, muitos foram reencaminhados para a Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, incluindo crianças.

Os utentes da Unidade de Saúde Familiar de Vialonga (USF Villa Longa) que ficaram recentemente sem médico de família estão indignados com a forma como estão a ser tratados. A população tem manifestado o seu desagrado na própria USF e nas redes sociais, mas pondera avançar com uma concentração à porta da unidade de saúde, com o objectivo de chamar a atenção da administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Estuário do Tejo.
Com a saída das duas médicas de família, os utentes estão a ser reencaminhados para o Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria, onde passam a ter consulta médica. Caso necessitem de vacinas, nomeadamente as crianças, terão de fazer marcação no Centro de Saúde do Forte da Casa.
Foi o que aconteceu a um dos utentes da USF Villa Longa que ficou sem médica e recebeu uma carta, caricatamente endereçada ao filho de sete anos como responsável pelo agregado familiar, constituído por mais uma criança de cinco anos. “A carta dizia que agora tenho de ir para a Póvoa para consulta e vacinação no Forte da Casa. Mas pedi a receita da segunda dose da vacina da Hepatite B para o meu filho na Póvoa e já estou há um mês à espera”, relatou a O MIRANTE.
Segundo fonte da USF, e de acordo com os utentes, existe uma médica de família de Alverca interessada em trabalhar na USF de Vialonga, mas até à data ainda não houve resposta. A ULS Estuário do Tejo optou por não responder ao nosso jornal quando questionada sobre as alterações em curso que têm afectado os utentes de Vialonga.

Diabético continua à espera de receitas
Rui Saial, diabético, foi um dos utentes que ficou sem médica em Vialonga. Conforme noticiámos, ficou sem tratamento de enfermagem na freguesia, tendo de se deslocar a expensas próprias para o Forte da Casa, mesmo com problemas no pé. O próprio garante que pediu os medicamentos que necessita no Centro de Saúde da Póvoa já há duas semanas, mas até ao fecho da edição ainda não tinha a receita.
Depois de ter estado internado no hospital, Rui Saial relata que recebeu uma mensagem no telemóvel para se deslocar ao Centro de Saúde da Póvoa para ser atendido pela assistente social. Mas, quando lá chegou, afinal a consulta era em Vialonga, e fez a viagem novamente para a USF Villa Longa.

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