Câmara de VFX entrega à Brisa e ao Governo estudo prévio para o nó dos Caniços
A Câmara de Vila Franca de Xira enviou à Brisa e ao Governo o estudo prévio para a construção do nó dos Caniços, na Póvoa de Santa Iria, que permitirá o acesso directo à autoestrada A1. A decisão sobre o viaduto sem saída na zona dependerá desta obra.
A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira já enviou à Brisa e ao Ministério das Infraestruturas o estudo prévio para a construção do nó dos Caniços, na Póvoa de Santa Iria, que dará acesso directo à autoestrada A1. A informação foi avançada a O MIRANTE pelo presidente do município, Fernando Paulo Ferreira (PS).
O autarca sublinha que este acesso rodoviário, reivindicado há anos pela população, é uma prioridade. No entanto, qualquer decisão sobre a rede viária, nomeadamente o destino do viaduto sem saída entre o Forte da Casa e a Póvoa de Santa Iria, que nunca funcionou, está dependente da concretização do nó dos Caniços. “Só com a reestruturação da zona se verá se faz ou não sentido manter aquele viaduto sem saída”, afirmou.
O viaduto estava na posse da empresa promotora da obra, o falecido empresário José Maria Duarte Júnior, cujos herdeiros renunciaram à herança. Segundo Fernando Paulo Ferreira, é agora posse do Estado português. O viaduto deveria ter passado para a posse da câmara quando avançasse o loteamento da terceira e quarta fases do Forte da Casa, projecto que entretanto caiu e cujo alvará foi revogado e declarada a sua nulidade em reunião de câmara.
O viaduto sem saída custou dois milhões de euros ao promotor e nunca serviu o tráfego automóvel. Foi construído com um dos pilares mergulhados na ribeira dos Caniços e tem duas saídas com rampas íngremes que mereceram a censura do Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Foi erguido em terrenos classificados como Reserva Ecológica Nacional e Reserva Agrícola Nacional. Em 2008 chegou a ser falada a possibilidade da sua demolição, obra que rondaria os 100 mil euros, mas a autorização escrita do proprietário para que os trabalhos se realizassem nunca chegou. Mais tarde, o ex-presidente da câmara, Alberto Mesquita, disse que demolir a estrutura era uma má ideia e que devia ser encontrada uma solução adequada em termos de acessibilidades, para aproveitar o viaduto.