Colónias de gatos descontroladas são problema de saúde pública em Azambuja

Animais de rua são incómodo para moradores que têm de lidar com infestações de pulgas, doenças e excrementos nos jardins. Vereadora responsável diz que o caso está sinalizado mas que as colónias de gatos estão descontroladas.
As colónias de gatos de rua no concelho de Azambuja estão descontroladas e muitas delas com números bastante grandes de animais, o que está a dificultar a sua captura para esterilização. O ponto de situação foi deixado pela vereadora com o pelouro da Saúde e Bem-Estar Animal, Mara Oliveira (CDU) na última reunião do executivo camarário em resposta a uma munícipe que se foi queixar da quantidade de gatos de rua à porta de sua casa, que são caso de saúde pública.
Segundo Maria da Luz “está-se a tornar impossível ter aqueles animais todos à porta” de casa porque “uns andam doentes” e outros com pulgas que lhe infestam a casa e os seus quatro gatos domésticos. As queixas à Câmara de Azambuja, lamenta a munícipe, já duram há cinco meses sem que o problema seja resolvido. Além das doenças, Maria da Luz diz que há excrementos de gato em grande quantidade na relva dos jardins e dias em que os animais entram nas casas das pessoas, chegando a roubar comida das cozinhas. “Um dia destes entraram na cozinha e levaram a carne” a um vizinho seu. Outro morador queixa-se que os gatos lhe destroem os produtos hortícolas que planta numa pequena horta. Para piorar a situação, alerta a munícipe, as gatas da colónia estão novamente grávidas o que significa que dentro de algum tempo a colónia vai voltar a crescer trazendo ainda mais desafios e preocupações aos moradores.
Mara Oliveira assegura que o caso em questão foi devidamente sinalizado à veterinária municipal aquando da queixa da munícipe, mas que está a ser respeitada uma ordem de pedidos para captura e esterilização de gatos de colónias no concelho. No último ano foram identificadas no concelho de Azambuja pelo menos 47 colónias de gatos e mais de 300 animais foram esterilizados. Para tal o município, que não dispõe de gatil, recorre aos serviços da associação Tico & Teco para fazer a captura, esterilização e devolução (CED) de gatos silvestres ou assilvestrados sinalizados pela veterinária municipal. A Câmara de Azambuja, recorde-se, aprovou em 2021 o regulamento de CED para gatos, que prevê o acompanhamento e controlo da população felina errante e a articulação com uma rede de cuidadores informais das colónias de gatos existentes no concelho.