Sociedade | 16-04-2025 18:00

Vendedores do Mercado de Santarém afirmam que a falta de estacionamento gratuito prejudica o negócio

Vendedores do Mercado de Santarém afirmam que a falta de estacionamento gratuito prejudica o negócio
Manuel Duarte, Elizabete Pereira e Susana Silveira são vendedores do Mercado Municipal de Santarém

Mercado de Santarém reabriu a 19 de Março de 2025 e durante as primeiras semanas têm sido muitos os curiosos a passar no local. No entanto, os vendedores estão insatisfeitos com a falta de estacionamento gratuito junto ao estabelecimento, facto que começa a afastar clientes.

O Mercado Municipal de Santarém reabriu depois de seis anos em obras e os problemas surgiram logo nas primeiras semanas de vendas. Apesar da maior afluência de clientes em relação ao que acontecia na Casa do Campino, a falta de estacionamento gratuito já está a afastar pessoas, dizem os ainda poucos vendedores que têm banca aberta no local. É o caso de Susana Silveira, de 48 anos, que tem uma banca de padaria, pastelaria e queijaria, uma das mais movimentada do espaço. Susana Silveira conta a O MIRANTE que um dos seus clientes garantiu não voltar mais ao mercado por ter sido multado por parar o carro durante 10 minutos para comprar pão sem tirar o ticket de estacionamento.
Elizabete Pereira, vendedora hortofrutícola de 46 anos, diz que queixas do género são recorrentes e está convicta de que ter estacionamento gratuito no local é fulcral para que a clientela não desapareça para os supermercados, onde o estacionamento não se paga. Só assim o mercado se pode reerguer e atrair mais comerciantes, afirma Susana Silveira, que já informou a Viver Santarém, responsável pela gestão do espaço, do desagrado dos comerciantes com a situação e está esperançosa numa resolução benéfica para todos. Susana Silveira dá também conta da vontade expressa de alguns clientes de que o horário do mercado seja alargado para lá da 13h00, uma hipótese bem-vinda para a maioria dos vendedores, garante Manuel Duarte, peixeiro de 53 anos.

A reabertura mais esperada
O regresso ao mercado municipal é visto com bons olhos pelos vendedores, que já notaram uma diferença de afluência de clientela em relação ao que acontecia na Casa do Campino, que só ao sábado tinha movimento. “Aqui no mercado temos mais clientes durante a semana”, partilha Manuel Duarte, que foi vendedor ambulante de peixe até ficar com o negócio de um amigo. Agora no mercado municipal, queixa-se da concorrência das grandes superfícies comerciais, que vendem peixe com menos qualidade e frescura que o seu, mas a preços mais acessíveis. Ainda assim, Manuel Duarte tem clientes fiéis, novos e velhos, que não trocam o peixe fresco por nada.
Susana Silveira diz ter começado a ganhar anticorpos às promessas de conclusão de obras e reabertura que eram feitas todos os anos. “Só acreditei no primeiro dia em que reentrei no mercado, arrumei a banca e comecei a vender”, afirma. Há 25 anos que Susana Silveira vende bolos, pão e queijos. Primeiro começou a ajudar a avó aos fins-de-semana e depois acabou por cultivar o gosto de vender e dedicou-se ao ofício a tempo inteiro. Desde a reabertura do mercado Susana Silveira não tem tido mãos a medir, o que considera ser um óptimo sinal, a esperança é que o movimento de clientes não seja apenas curiosidade inicial e o que os clientes mantenham a preferência pelos produtos do comércio tradicional.

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