Sociedade | 17-04-2025 12:52

Torres Novas aprova contas com resultado negativo mas com boas taxas de execução

Torres Novas aprova contas com resultado negativo mas com boas taxas de execução

A Câmara de Torres Novas fechou 2024 com um resultado negativo no valor de 100 mil euros mas com taxas de execução da receita na ordem dos 91%. Presidente do município destacou que o resultado negativo se deve a medidas em prol da população que são para manter.

O executivo da Câmara de Torres Novas aprovou o relatório de gestão do exercício de 2024, ano que terminou com um resultado líquido negativo de aproximadamente 100 mil euros. O documento foi aprovado em reunião extraordinária com os votos favoráveis da maioria socialista e as abstenções do vereador do PSD e da vereadora do Movimento P'la Nossa Terra.
Na apresentação da proposta o presidente do município, Pedro Ferreira (PS), afirmou que o resultado líquido poderia ter sido “altamente positivo” se não tivesse apostado na isenção de taxas no Urbanismo que corresponderam a 387 mil euros, na atribuição de subsídios a colectividades no montante de 355 mil euros, entre outras medidas como a gratuitidade dos Transportes Urbanos Torrejanos (TUT) que o executivo quer manter.
“Resultados líquidos negativos ninguém gosta de ter”, disse, sublinhando que desde 2012 que o município não tinha um resultado negativo e que o último tinha sido superior a dois milhões de euros. “Isso sim, foi uma grande preocupação que conseguimos resolver”, considerou o autarca socialista, destacando que o município continua com a possibilidade de recorrer a créditos bancários até montante superior a seis milhões de euros.
Apesar deste resultado negativo, Pedro Ferreira afirmou que se está perante o fecho de uma actividade que “correu muito bem na execução de muitos processos”, com uma taxa de execução da receita de 91% que se traduziu em mais de 42 milhões de euros e uma taxa de execução da despesa de 88%, que corresponde a mais de 40 milhões de euros. O saldo de gerência foi de 2,8 milhões de euros com 1,8 milhões de euros a transitar para 2025. Nas receitas de capital, destacou, houve um aumento de 46,56% no qual teve impacto o aumento de impostos como o IMT, derrama e IUC.
Pedro Ferreira não referiu ainda que a Segurança Social e outros organismos do Estado “ficaram deficitários em 6,11%” relativamente a pagamentos que tinham de ser feitos ao município. Relativamente à independência financeira “não chegou aos 50%” com as receitas próprias a fixarem-se nos 39,16% o que correspondeu a 17 milhões de euros da receita total de cerca de 42 milhões de euros.
“O município está equilibrado e a fazer bem o seu papel”, rematou o autarca que está a cumprir o seu último mandato depois de ter enumerado algumas das apostas do executivo que lidera como a compra da antiga fábrica de fiação e tecidos, a Zona Industrial de Riachos que recebeu um investimento de 1,1 milhões de euros, a revitalização dos centros históricos (745 mil euros), a construção da nova Unidade de Saúde Familiar Cardilium, a verba de 482 mil euros canalizada para a Protecção Civil onde se destaca o apoio aos bombeiros voluntários, os quase quatro milhões de euros para o ambiente e descarbonização e a aposta contínua na Educação com mais de três milhões de euros.
Do lado da oposição, tanto o vereador do PSD, Tiago Ferreira, como a vereadora do Movimento P'la Nossa Terra, Carla Correia, afirmaram não se sentir em condições para fazer uma análise detalhada sobre o documento devido ao pouco tempo que lhes foi dado para o poderem estudar. Ambos destacaram, no entanto, a qualidade do mesmo e o bom trabalho levado a cabo pelos funcionários municipais que o elaboraram.


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