CPCJ de VFX continua em instalações temporárias cinco meses depois de derrocada

Espaço improvisado tem falta de condições de privacidade e na última semana as antigas instalações da CPCJ de VFX continuavam com a porta fechada.
Cinco meses depois de ter caído o tecto falso que obrigou a fechar as instalações da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Vila Franca de Xira, aquele serviço continua a ser prestado de forma temporária num edifício municipal improvisado e sem a melhor privacidade para as vítimas de maus tratos, abusos e violência doméstica. A situação tem gerado queixas junto de autarcas e também de alguns profissionais que dizem não entender a demora na reparação do espaço.
O edifício, que é propriedade municipal, até estava para receber obras de reabilitação e conservação, em Janeiro deste ano, mas até agora o espaço ainda não voltou a abrir portas. A câmara diz que as obras já começaram e que já foram mudadas portas e janelas do edifício. Estão já adjudicados os trabalhos de reparação da cobertura mas só quando parar de chover será possível destelhar a cobertura e fazer o resto dos trabalhos.
Na madrugada de 25 de Novembro de 2024, chuvas fortes inundaram o edifício onde funcionava a CPCJ, na Rua Jacinto Nunes. A forte pluviosidade e a fraca drenagem das caleiras do edifício levou ao desabamento de parte do tecto falso e à entrada de água em alguns gabinetes, impedindo que as técnicas da CPCJ pudessem continuar a trabalhar no espaço. Entretanto, para remediar a situação, o município colocou as técnicas num espaço municipal situado na Rua Noel Perdigão, partilhado com outros serviços municipais.
“Não encontraram solução para as salas de atendimento, os técnicos têm marcações para três salas de atendimento e só existem duas. Os técnicos estão apertadíssimos numa sala de trabalho, com pouquíssimo espaço de manobra, sem uma única janela e ainda estão à espera de mais duas técnicas”, lamentava em Dezembro um dos profissionais ao nosso jornal. Além disso, três estagiárias estavam sem local onde trabalhar. O município já tinha informado que estava prevista a realização de obras no espaço e que o seu encerramento foi decidido por razões de segurança.