Sociedade | 19-04-2025 12:00

Elevadores avariaram 383 vezes em 14 meses nas estações de Vila Franca de Xira

Elevadores avariaram 383 vezes em 14 meses nas estações de Vila Franca de Xira
Avarias nos elevadores das estações de comboio do concelho de Vila Franca de Xira são recorrentes

Entre Janeiro de 2024 e Fevereiro de 2025, os 16 elevadores das estações de comboio do concelho de Vila Franca de Xira registaram 383 avarias, resultando em mais de 1100 horas de inoperacionalidade. A estação de Vila Franca de Xira foi a mais afectada, com 137 anomalias.

Entre 1 de Janeiro de 2024 e 28 de Fevereiro de 2025 foram registadas 383 avarias nos 16 elevadores das estações de comboio do concelho de Vila Franca de Xira. Segundo os dados enviados a O MIRANTE pela Infraestruturas de Portugal (IP), o tempo médio de resposta a cada ocorrência, ou seja, o tempo de chegada dos técnicos ao local após a notificação da avaria, foi de 1,7 horas, o equivalente a 1 hora e 40 minutos. Já o tempo médio de indisponibilidade por avaria, incluindo o período de acesso e reparação, situou-se nas 2,9 horas, 2 horas e 54 minutos.
A estação de Vila Franca de Xira registou a maior taxa de avarias (137), apesar de possuir elevadores mais recentes, com uma média de idade de cinco anos, o que perfaz um total de 316 horas de indisponibilidade dos dois elevadores no período em análise. Na estação de Alhandra, os dois elevadores têm uma média de idade de 19 anos e os dois equipamentos estiveram avariados 40 vezes, o que resultou numa indisponibilidade de uso para os utentes de 138 horas.
Na estação de Alverca do Ribatejo, os quatro elevadores, com cerca de 40 anos, estiveram avariados 40 vezes e sem poder ser usados 138 horas. Passando para Castanheira do Ribatejo, os cinco elevadores existentes, com uma média de idade de 19 anos, registaram 64 avarias, correspondendo a 12,8 avarias por equipamento. O tempo médio de resposta foi de 2,1 horas e o de indisponibilidade de 3,3 horas, somando 212 horas de inoperacionalidade.
Na estação da Póvoa de Santa Iria os três elevadores existentes têm uma média de idade de 26 anos e registaram 102 avarias, ou seja, 34 avarias por elevador. O tempo médio de resposta foi de 1,5 horas e o tempo de indisponibilidade de 2,8 horas, acumulando um total de 283 horas de paragem.
No total dos 16 elevadores distribuídos pelo concelho, registou-se uma taxa média de 23,9 avarias por equipamento, com um tempo médio de resposta de 1,7 horas e um tempo de indisponibilidade de 2,9 horas, culminando em 1102 horas de inoperacionalidade no período analisado.

Avarias transtornam o dia a dia dos utentes
Conforme temos noticiado, os utentes da CP reportam avarias sistemáticas nos elevadores, que complicam a vida dos mais idosos, pessoas com mobilidade reduzida e utilizadores de cadeiras de rodas. As preocupações também foram transmitidas à IP por parte do executivo municipal e dos vereadores da oposição. Percebem que muitas das avarias se devem a vandalismo, mas, também para isso, há que encontrar uma solução.
Ao nosso jornal, o vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, sublinhou a importância de uma manutenção preventiva e mais eficaz para reduzir o tempo de inoperacionalidade e melhorar o serviço prestado à população. O responsável referiu que o tempo de espera entre a avaria e o arranjo não é tão mau como percepcionado pelas pessoas, mas avançou que está a ser preparado um caderno de encargos para contratação de serviços de manutenção dos equipamentos. Uma das soluções para diminuir o vandalismo pode passar por instalar elevadores transparentes e modernizar os equipamentos.

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