Queixam-se de lomba que lhes está a destruir a casa e a roubar o descanso em Riachos

Casal tem uma lomba colocada à porta de casa, em Riachos, que diz ser responsável pelas paredes rachadas e pela falta de descanso à noite, causada pelo ruído da passagem de veículos pesados. Desesperados, exigem uma solução à Câmara de Torres Novas.
José Lopes Rosa e Vitamina de Jesus foram à última reunião pública da Câmara de Torres Novas queixar-se da lomba que foi colocada na estrada que passa junto à sua casa, na Rua Costa Brava, em Riachos, que lhes tem roubado o sossego e destruído paredes e azulejos devido à trepidação. Segundo os moradores, aquela é uma rua muito movimentada e com elevado tráfego de veículos pesados de dia e de noite. “Tem dias em que passam 44 camiões. Treme a casa por todo o lado e não posso viver assim. A casa treme e sou obrigado a acordar”, relatou José Lopes Rosa, que considera que terem instalado uma lomba a três metros do portão de sua casa foi uma má opção.
Além das paredes rachadas, o morador afirmou que tem azulejos partidos e perguntou de quem é a responsabilidade e quem vai suportar os custos das obras para reparação dos estragos. “Quero saber quem vai pagar... Tenho de mandar arranjar e a culpa não é minha”, sublinhou. José Lopes Rosa lamentou ainda que, a 1 de Agosto de 2023, tenha enviado uma carta a expor o problema ao município, não tendo recebido qualquer resposta.
O vereador com o pelouro do Trânsito, João Trindade, começou por lamentar a situação e a falta de resposta ao munícipe, explicando de seguida que a lomba foi colocada a pedido de moradores e na sequência de um grave acidente que ali ocorreu há uns anos, provocado pelo excesso de velocidade. “Foram colocadas lombas redutoras de velocidade para evitar que novos acidentes ocorram”, sustentou o autarca, justificando que a colocação daquela lomba à porta de casa dos munícipes se deveu ao facto de ter de estar afastada da curva.
O presidente da Junta de Riachos, António Júlio Pereira Jorge, que estava na reunião, confirmou que é uma situação que já se arrasta há três anos e meio e que o que o morador diz “é verdade” e que “é um incómodo muito grande”. O autarca adiantou que as lombas foram colocadas no início deste mandato autárquico mas foram solicitadas no anterior, devido a um acidente grave ocorrido naquela rua. No entanto, lamentou, as lombas “pouco ou nada resolvem” porque os condutores não respeitam os limites de velocidade.
“No início duvidei que a trepidação dos carros fizesse tremer a casa e que estragasse os azulejos da casa-de-banho”, acrescentou António Júlio, que depois de ir ao local percebeu que as queixas do morador tinham fundamento, vincando que passam naquela rua muitos veículos pesados carregados. Para o presidente da junta, existe uma solução para este problema que é passar a lomba para uma recta que existe mais abaixo, onde não existem moradias. “Fica é uma distância muito maior entre lombas”, advertiu. Na mesma rua existem outras três lombas mas dessas, sublinhou, nunca ninguém se queixou.