Sociedade | 21-04-2025 12:00

Bombeiros de Torres Novas formam jovens para a vida há quase um século

Bombeiros de Torres Novas formam jovens para a vida há quase um século
Bombeiros de Torres Novas têm 25 Infantes e Cadetes

Infantes e Cadetes dos Bombeiros Voluntários Torrejanos contam com cerca de 25 elementos fixos, que fazem formações de duas em duas semanas. O MIRANTE esteve presente numa acção de formação e conversou com os futuros soldados da paz sobre o que mais gostam da profissão de bombeiro.

Numa tarde de sol os Infantes e Cadetes dos Bombeiros Voluntários Torrejanos vão chegando a conta gotas ao quartel, em Torres Novas. “Hoje são mais de 30, não é costume serem tantos”, revela com espanto Carolina Silva, uma das bombeiras formadoras. Fardados a rigor e alinhados na formatura, os aprendizes respondem “pronto” à chamada feita por Carolina Silva de forma firme e audível, demonstrando empenho para mais uma tarde de actividades. No dia em que O MIRANTE acompanhou a formação, aprendeu-se a apagar fogo com espuma. “O que é preciso para fazer espuma?”, questiona Luís Vieira, bombeiro na corporação há mais de 20 anos. Ao longo de toda a tarde a pergunta vai se repetindo e as respostas saem cada vez mais acertadas à medida que os jovens começam a experimentar os materiais. Para as explicações mais pormenorizadas, o grupo é separado em dois para que se consiga cativar os mais novos sem que se prejudique a aprendizagem dos mais velhos.
As formações dividem-se essencialmente em primeiros socorros e combate a incêndios ou outro tipo de catástrofe. Desde cedo se notam as preferências: há os que preferem as tarefas de maior “acção e adrenalina” e os que são mais inclinados para o trabalho de auxílio às pessoas. “Estas actividades também podem ajudar a perceber tarefas em que serão melhores e discernir entre futuras áreas de formação”, nota Carolina Silva, formada na área da saúde.
Prontos para servir a comunidade
Os Bombeiros Voluntários Torrejanos foram a primeira corporação nacional a ter um corpo de cadetes, em 1932. Quase um século volvido, a corporação continua de boa saúde e os mais novos manifestam o desejo de seguir as pisadas de quem os ensine. Letícia Santos tem 14 anos e pertence aos Cadetes e Infantes dos Bombeiros Torrejanos há cinco. Quer seguir as pisadas dos pais e ser bombeira profissional. Letícia Santos reconhece a responsabilidade de vestir a farda dos bombeiros. Lourenço Girão tem oito anos e quis fazer parte dos bombeiros para seguir o exemplo do pai e do irmão mais velho. A actividade de que mais gostou foi o “jogo das escondidas” que fizeram numa formação para treinar a capacidade de escapar em situações limite e em que pôde rastejar debaixo dos carros. Enrolar uma mangueira é uma das tarefas mais difíceis e que Lourenço Girão quer conseguir fazer sozinho quando for mais crescido.
Com 12 anos de idade, Salvador Jesus divide-se entre os jogos de futebol no Clube Desportivo de Torres Novas e as formações dos bombeiros, mas está decidido a tornar-se bombeiro para honrar o pai, que gostava de ter sido bombeiro e não pôde. Eduardo Leal tem 12 anos, gosta principalmente de trabalhar com extintores e confessa que manobrar as mangueiras é uma tarefa difícil. Quando “for grande” quer ser bombeiro para “salvar as pessoas e o Mundo” e pretende fazê-lo com o que tem aprendido na corporação torrejana.

Jovens aprendem a ser bombeiros

Número de bombeiros aumenta em Torres Novas

O número de bombeiros na corporação de Torres Novas tem aumentado significativamente, explica o comandante José Carlos Pereira. A corporação conta neste momento com 105 elementos, uma escola de formação com 11 estagiários e 31 bombeiros no quadro de Honra. Integram a escola de Infantes e Cadetes 35 crianças. José Carlos Pereira garante que é intenção da corporação continuar a realizar actividades com as escolas, assim como receber visitas no quartel dinamizando a área dos bombeiros e transmitindo às crianças noções de protecção e socorro.

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