Sociedade | 23-04-2025 18:14

Municípios da Lezíria já compraram o terminal de autocarros de Santarém

Municípios da Lezíria já compraram o terminal de autocarros de Santarém

A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo vai pagar 3,5 milhões de euros ao Grupo Roques pelo edifício no centro de Santarém onde se localiza o terminal rodoviário. Escritura foi assinada no dia 23 de Abril.

A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) e o Grupo Roques assinaram esta quarta-feira, 23 de Abril, a escritura que formaliza a aquisição, pela associação de municípios, do edifício onde se localiza o terminal rodoviário de Santarém. A CIMLT vai pagar 3,5 milhões de euros ao Grupo Roques pelo imóvel na Avenida do Brasil onde está instalada há muitos anos a gare de autocarros de Santarém. O objectivo é criar ali a base da nova empresa intermunicipal de transportes que está na forja.

O edifício tem cerca de 9 mil metros quadrados e o presidente da CIMLT, Pedro Ribeiro, considera que a aquisição foi “um óptimo negócio”, devido à localização no centro da cidade. Além disso, diz, construir um terminal de raiz custaria, provavelmente, cinco vezes mais. Em declarações a O MIRANTE, o autarca de Almeirim defende que o terminal deve ficar situado numa zona central da cidade, onde se encontra a maioria dos passageiros, referindo que um terminal na periferia implicaria custos adicionais.

“Os autocarros para servirem as pessoas teriam sempre que ter locais de paragem no centro da cidade. Se fizéssemos um terminal novo fora da cidade, que custaria 4 ou 5 vezes mais, iríamos, por um lado, continuar a ter os autocarros a passar na cidade. E como as pessoas não iriam para fora da cidade, os autocarros teriam de fazer quilómetros em vazio entre o terminal e a cidade, para apanhar e largar os passageiros, o que custaria milhares de euros por ano”, explicou Pedro Ribeiro.

A aquisição do edifício no centro da cidade de Santarém, actualmente usado pela Rodoviária do Tejo, deve ser suportada com fundos da associação de municípios e do Orçamento de Estado através do Programa de Incentivo ao Transporte Público Colectivo de Passageiros (Incentiva+TP).

Quanto à constituição da nova empresa intermunicipal de transportes, a CIMLT está a concluir a documentação a submeter à apreciação da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e do Tribunal de Contas. Quando houver luz verde dessas duas entidades o processo estará concluído. Para já, estão garantidos fundos comunitários para comprar 16 autocarros eléctricos e vão ser dados os passos burocráticos nesse sentido.

Recorde-se que a CIMLT, enquanto autoridade de transporte da Lezíria do Tejo, decidiu criar uma empresa de transportes públicos rodoviários, que substituirá o serviço actualmente garantido por operadoras privadas como a Rodoviária do Tejo e a Ribatejana.

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