Sociedade | 29-04-2025 18:00

Torres Novas aprova contas com resultado negativo mas com boas taxas de execução

Torres Novas aprova contas com resultado negativo mas com boas taxas de execução
Governação camarária liderada por Pedro Ferreira conseguiu taxas de execução elevadas na receita e despesa

A Câmara de Torres Novas fechou 2024 com um resultado negativo no valor de 100 mil euros mas com taxas de execução da receita na ordem dos 91%. Presidente do município destacou que o resultado negativo se deve a medidas em prol da população que são para manter.

O executivo da Câmara de Torres Novas aprovou o relatório de gestão do exercício de 2024, ano que terminou com um resultado líquido negativo de aproximadamente 100 mil euros. O documento foi aprovado em reunião extraordinária com os votos favoráveis da maioria socialista e as abstenções do vereador do PSD e da vereadora do Movimento P’la Nossa Terra.
Na apresentação da proposta, o presidente do município, Pedro Ferreira (PS), afirmou que o resultado líquido poderia ter sido “altamente positivo” se não tivesse apostado na isenção de taxas no Urbanismo que corresponderam a 387 mil euros, na atribuição de subsídios a colectividades no montante de 355 mil euros, entre outras medidas como a gratuitidade dos Transportes Urbanos Torrejanos (TUT) que o executivo quer manter.
“Resultados líquidos negativos ninguém gosta de ter”, disse, sublinhando que desde 2012 que o município não tinha um resultado negativo e que o último tinha sido superior a dois milhões de euros. “Isso sim, foi uma grande preocupação que conseguimos resolver”, considerou o autarca socialista, destacando que o município continua com a possibilidade de recorrer a créditos bancários até montante superior a seis milhões de euros.
Apesar deste resultado negativo, Pedro Ferreira afirmou que se está perante o fecho de uma actividade que “correu muito bem na execução de muitos processos”, com uma taxa de execução da receita de 91% que se traduziu em mais de 42 milhões de euros e uma taxa de execução da despesa de 88%, que corresponde a mais de 40 milhões de euros. O saldo de gerência foi de 2,8 milhões de euros com 1,8 milhões de euros a transitar para 2025. Nas receitas de capital, destacou, houve um aumento de 46,56% no qual teve impacto o aumento de impostos como o IMT, Derrama e IUC.
Pedro Ferreira não referiu ainda que a Segurança Social e outros organismos do Estado “ficaram deficitários em 6,11%” relativamente a pagamentos que tinham de ser feitos ao município. “O município está equilibrado e a fazer bem o seu papel”, rematou o autarca que está a cumprir o seu último mandato depois de ter enumerado algumas das apostas do executivo, como a compra da antiga fábrica de fiação e tecidos, a Zona Industrial de Riachos que recebeu um investimento de 1,1 milhões de euros, a revitalização dos centros históricos (745 mil euros), a construção da nova Unidade de Saúde Familiar Cardilium, a verba de 482 mil euros canalizada para a Protecção Civil onde se destaca o apoio aos bombeiros voluntários, os quase 4 milhões de euros para o ambiente e descarbonização e a aposta contínua na educação com mais de três milhões de euros.

Oposição sem tempo para analisar documentos
Do lado da oposição, tanto o vereador do PSD, Tiago Ferreira, como a vereadora do Movimento P’la Nossa Terra, Carla Correia, afirmaram não se sentir em condições para fazer uma análise detalhada sobre o documento devido ao pouco tempo que lhes foi dado para o poderem estudar. Ambos destacaram, no entanto, a qualidade do mesmo e o bom trabalho levado a cabo pelos funcionários municipais que o elaboraram.

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