Sociedade | 04-05-2025 18:00

Arquivo municipal de VFX com bolor, fissuras e infiltrações

Arquivo municipal de VFX com bolor, fissuras e infiltrações
Arquivo municipal de VFX foi alvo de pequenas obras de melhoria ao longo dos anos, sobretudo no átrio principal do edifício, como O MIRANTE constatou em 2020, mas a zona dos espólios já precisa de atenção

Arquivo municipal de Vila Franca de Xira tem paredes e tectos em mau estado que são um foco de insalubridade. CDU critica gasto de 300 mil euros em festival da juventude quando não há dinheiro para fazer obras que dêem melhores condições aos trabalhadores municipais.

Inaceitáveis e chocantes: é com estes adjectivos que os eleitos da CDU na Câmara de Vila Franca de Xira classificam o estado em que se encontra o arquivo municipal, com tectos e paredes com bolor, fissuras e infiltrações. Condições que, dizem os comunistas, não são as ideais para quem trabalha naquele serviço que já funciona nas actuais instalações, situadas na rua Professor Reynaldo dos Santos há quase três décadas.
“Usam um edifício que está em ruína. Está em causa a segurança do edifício e a integridade dos trabalhadores. Quando visitámos o edifício, revoltados com as condições, os trabalhadores pediram-nos para que alguma coisa seja feita. É inqualificável o estado de degradação das instalações”, alertou o vereador Nuno Libório. Para o autarca, o município investir 300 mil euros num fim-de-semana, para a realização do festival da juventude, não faz sentido quando há locais como o arquivo a necessitar de intervenção urgente. “Uma câmara que gasta esse valor num fim-de-semana e depois deixa estes locais chegar a este estado não é compreensível”, criticou.
O presidente do município, Fernando Paulo Ferreira (PS), prometeu solicitar aos serviços uma análise da situação para perceber o que pode ser feito e melhorado no espaço. O arquivo municipal é um serviço da câmara que tem por missão conservar, organizar e difundir a informação de que é detentor e promover a memória e a história das comunidades e do concelho.
O espaço foi alvo de pequenas obras de renovação em 2019 e 2022 que o dotaram de renovadas condições de trabalho para os técnicos do arquivo e que realizam atendimento aos utilizadores, mas a idade do edifício – um antigo armazém construído em 1936 - não tem dado tréguas.
No seu acervo destacam-se, além do arquivo da própria câmara municipal, aqueles produzidos pelas câmaras dos concelhos extintos de Alhandra, Alverca, Castanheira e Povos. Em 1978, a câmara arrendou o edifício do actual arquivo, que foi sendo usado durante décadas como celeiro. A 21 de Outubro de 1997 o arquivo municipal abriu oficialmente ao público, onde os cidadãos se podem deslocar para pesquisar e aceder aos arquivos.

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