Sociedade | 10-05-2025 21:00

Fitas queimadas em Abrantes mas com muitos sonhos ainda por cumprir

Fitas queimadas em Abrantes mas com muitos sonhos ainda por cumprir

Entre fitas queimadas, capas traçadas e abraços emocionados, viveu-se no dia 4 de Abril, na cidade de Abrantes, um dos momentos mais simbólicos da vida académica: a Queima das Fitas.

Na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes [ESTA] estudantes de diferentes cursos despediram-se oficialmente de uma etapa marcante, repleta de desafios, aprendizagens e crescimento pessoal, num ambiente de celebração e nostalgia. Para muitos, o início do curso foi um salto no escuro, uma escolha feita entre dúvidas, expectativas e oportunidades, mas com o passar do tempo, esse caminho foi sendo traçado com esforço, amizades, noites mal dormidas e momentos que ficarão para sempre gravados na memória. Mais do que um diploma, cada estudante leva consigo uma história de superação, de adaptação, de descobertas, histórias feitas de momentos bons e maus, de praxes e congressos, de exames e conquistas, de despedidas e recomeços.
Denilson Cabral, de 21 anos, é finalista de Comunicação Social. Vestido com o traje Mazantino, que caracteriza o IPT, explica que quando iniciou a licenciatura queria seguir o ramo de jornalismo desportivo mas ao longo do curso descobriu que tem um carinho especial pela rádio. O IPT não foi a sua primeira opção, mas acredita que tudo acontece por uma razão: em Lisboa as médias eram mais altas e não é que não as tivesse, mas é difícil entrar lá. “Acabei por vir para Abrantes onde conheci pessoas incríveis e fiz um caminho de que me orgulho”. Descreve os anos de curso como uma mistura de festas e lições de vida, onde o mais difícil de tudo são os altos e baixos emocionais. Com o curso prestes a terminar, sente-se realizado: “é uma sensação boa, de realização, mas também de alguma nostalgia”, refere, assegurando que pretende continuar na área da comunicação e que não tem planos definidos para emigrar, embora não descarte essa hipótese.
Benísia Monteiro, finalista em Comunicação Empresarial, de 21 anos, veio de Cabo Verde para estudar Comunicação Social mas no percurso percebeu que se sentia mais identificada com a Comunicação Empresarial. A sua história é marcada pela coragem de deixar tudo para trás pelos seus sonhos: “deixei toda a minha família em Cabo Verde e vim sozinha, sem conhecer ninguém, sem saber ao certo o que me esperava. Foi muito difícil, mas também foi uma aprendizagem imensa que levarei comigo para a vida”, afirma a O MIRANTE. Conta que o apoio dos professores e colegas foi essencial para se sentir acolhida e manter-se firme. Benisia descreve estes anos como difíceis mas gratificantes, onde o pior momento, diz, foi a solidão, e o melhor, o dia em que se viu mais próxima da sua meta: “sinto-me realizada. Ainda não defendi o relatório de estágio, mas saber que estou a terminar é um alívio e uma vitória. Tudo valeu a pena”, vinca.
Gabriel Souza, de 21 anos, é finalista de Engenharia Mecânica e embora a ESTA não fosse a sua primeira escolha, foi onde encontrou o espaço para crescer e vencer. Explica que estes anos foram marcados por um grande sentido de responsabilidade porque “sem esforço e dedicação não se consegue nada”, mas conta que o momento mais difícil foi a chegada: “Tive que deixar tudo para trás, a minha casa, os meus pais, as minhas irmãs. Abdiquei de muita coisa para conseguir chegar até aqui”, salienta. Gabriel quer agora começar a trabalhar, mas afirma que não vai abandonar os estudos. A quem termina deseja sucesso e a quem começa deixa um conselho: “aproveitem os bons momentos e divirtam-se. Mas nunca se esqueçam que estamos aqui para nos formar, para realizar um sonho e começar uma nova etapa a nível profissional”.

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