Obras na Escola Básica e Secundária de Vialonga vão finalmente sair do papel

Câmara de Vila Franca de Xira e empreiteiro que vai realizar os trabalhos, há décadas aguardados pela comunidade, assinaram o auto de consignação da obra na última semana. Presidente do município diz que foi precisa resiliência para aguentar tantos anos à espera de uma nova escola.
As tão aguardadas obras na Escola Básica e Secundária de Vialonga, que está muito degradada e não tem as melhores condições para receber os mais de mil alunos que hoje a frequentam, vão finalmente ser uma realidade e durar pelo menos 18 meses a concluir. A informação foi avançada na última semana pelo presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira (PS), durante a assinatura do auto de consignação dos trabalhos a 28 de Abril. Esse passo burocrático permite dar início à empreitada.
O investimento global é de 19 milhões e 221 mil euros com financiamento assegurado em grande parte pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), num montante de 17 milhões e 55 mil euros. O restante valor da empreitada, cerca de 2,1 milhões de euros, será suportado pelo município de Vila Franca de Xira, que considera esta a sua “maior empreitada de sempre” no plano de intervenções escolares. “É fundamental que todos cumpram todos os prazos, tendo em conta que o financiamento dado pelo Governo é dos fundos europeus, e estamos com muito pouco tempo para executar a obra”, avisou o autarca, notando que a obra tem de ficar concluída, no máximo, até final de 2026.
A realização de obras na escola de Vialonga, recorde-se, não foi fácil, com vários avanços e recuos ao longo das décadas e abrangendo dois outros presidentes de câmara, Maria da Luz Rosinha e Alberto Mesquita, que também estiveram presentes na cerimónia de assinatura do documento.
Actualmente as aulas decorrem em instalações temporárias de monoblocos, montadas ao lado da escola, num investimento adicional de 2,5 milhões de euros, que permitem a continuidade das actividades lectivas durante a empreitada. A requalificação da escola básica e secundária de Vialonga, que era uma das piores escolas da Área Metropolitana de Lisboa, inclui a melhoria geral do edifício, criação de novas salas de aula, ampliação da biblioteca, construção de um auditório, espaços de convívio cobertos e um novo espaço de arquivo. Com estas melhorias, a escola pretende não só modernizar-se como também alargar a sua oferta educativa, integrando o ensino secundário regular com o ensino profissional já existente.