Atendimento da Segurança Social de Santarém reabre mas mantém-se o mistério dos cheiros

O espaço abre depois de terem sido feitas análises que não detectaram problemas na qualidade do ar e após uma intervenção nos sistemas de ventilação.
Os serviços de atendimento da Segurança Social de Santarém vão reabrir na segunda-feira, 19 de Maio, após seis meses encerrados devido à detecção de cheiros estranhos no espaço. Os serviços têm estado a funcionar no edifico do Instituto Português do Desporto e Juventude, na mesma zona, depois de dois meses sem atendimento na cidade, sendo que os cidadãos tinham que se deslocar aos serviços das localidades vizinhas.
Esta foi a segunda situação verificada no espaço e a segunda vez que o Instituto Ricardo Jorge é chamado a fazer uma peritagem ao local e ao ar no edifício. Das análises feitas não se detectaram problemas com a qualidade do ar. No entanto os técnicos recomendaram a mudança de filtros dos sistemas de ventilação, o que só recentemente foi concluído. A directora do Centro Distrital de Segurança Social, Paula Carloto, referiu a O MIRANTE na altura em que recebeu os resultados que preferia cumprir as recomendações, apesar de não haver impedimento para reabrir o espaço, por uma questão de segurança.
A primeira vez que se detactaram cheiros no edifício foi há cinco anos e mesmo após uma segunda ocorrência não se sabe o que está na origem desta situação. Na primeira vez foram feitos investimentos avultados no edifício, com a instalação de sistemas de extracção de ar e até foi mudado o piso do auditório, porque era um dos locais onde o cheiro estava mais intenso. Depois das obras e feitas análises à qualidade do ar não se previa que a situação se repetisse.
Na primeira vez o director do centro distrital era Renato Bento, que recordou a O MIRANTE que o cheiro aparecia mais no primeiro andar do edifício e na zona do auditório. Contou também que foram dadas indicações para que o sistema de ventilação estivesse sempre ligado quando os serviços estavam a funcionar. Renato Bento, que foi substituído no cargo em Agosto do ano passado, dois meses antes da nova ocorrência, continua sem perceber o que se passa nem se o facto de passarem umas condutas de esgoto por baixo do edifício tem alguma influência.