Sociedade | 15-05-2025 15:00

Entroncamento foi cidade única com centro comercial a céu aberto

Entroncamento foi cidade única com centro comercial a céu aberto
O professor Mário Balsa vai ser o cabeça-de-lista do PS à presidência da Câmara Municipal do Entroncamento nas eleições autárquicas

Mário Balsa quer mudar a ideia de que os políticos com o “chapéu” do PS no Entroncamento são pessoas distantes da população. O ex-chefe de gabinete de Jorge Faria é candidato a presidente do município e reconhece, em entrevista a O MIRANTE, que é preciso voltar a ter um executivo que goste de andar na rua e conhecer os problemas das pessoas.

Tem orgulho nas suas origens? Tenho muito orgulho nas minhas origens. Não nasci no Entroncamento. Nasci aqui ao lado, numa aldeia de Torres Novas, mas vim logo em bebé para o Entroncamento. Tinha pouco mais de seis meses. Sou filho único e o meu pai era ferroviário e estava aqui na CP. A minha mãe era doméstica. Depois abriu um café/pastelaria na praça, já no mercado novo que agora de novo não tem nada. Só voltei a sair quando ingressei no ensino superior para estudar para ser professor. Lecciono as disciplinas de Português e Inglês. Já dei aulas no Cartaxo e neste momento estou a dar aulas num agrupamento de escolas em Lisboa, mais precisamente no Alto do Lumiar.
É uma zona desafiante para dar aulas… É um território de intervenção prioritária, com públicos muito desafiantes. Provavelmente das escolas a nível nacional mais desafiantes em termos de alunos, com uma população muito heterogénea, com várias nacionalidades, imigração ilegal. A questão da etnia cigana é muito vincada também. Estou há cinco anos naquela escola e gosto muito do que faço e dos meus alunos. A minha mulher também é professora e dá aulas em Lisboa também. Temos duas filhas, de 7 e 5 anos. Durante a semana vivemos em Lisboa e ao fim-de--semana vimos para o Entroncamento.
Quais são os grandes desafios para um autarca no Entroncamento? Tenho três áreas que identifiquei como prioritárias e, curiosamente, temos estado a visitar e a reunir com um conjunto de entidades do concelho e associações para apresentar o nosso programa. Primeiro temos a questão industrial. É importantíssimo que o Entroncamento tenha uma visão clara do que quer do ponto de vista da fixação de empresas e da criação de postos de trabalho. Temos condições de excelência no Entroncamento para sermos provavelmente uma das áreas industriais mais poderosas a nível nacional. Com as empresas que temos aqui, nomeadamente na área da contentorização, como a MSC, temos um potencial de exportação enorme.
E os outros dois pilares? Um deles é o desenvolvimento comercial do Entroncamento. O centro da cidade tem condições únicas. Tem características de excelência. O Entroncamento já foi um centro comercial a céu aberto e actualmente está parado, não há nada. O terceiro pilar é a cultura. Somos um concelho jovem, que em termos patrimoniais não pode competir com Tomar, Abrantes, Santarém, Torres Novas, entre outros. Por isso temos de apostar na cultura. Temos uma história muito rica. A nossa história está intrinsecamente ligada a uma transformação da comunidade, do país, que é a Revolução Industrial. É algo que temos que agarrar do ponto de vista turístico, do ponto de vista cultural, é a nossa identidade. A identidade ferroviária existe e deve ser explorada.

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