Sociedade | 16-05-2025 07:00

A luz continua a falhar em Cortiçóis e moradores queixam-se

A luz continua a falhar em Cortiçóis e moradores queixam-se
Falhas na electricidade são um problema para quem vive em Cortiçóis, Benfica do Ribatejo

Na aldeia de Cortiçóis, em Benfica do Ribatejo, o apagão foi confundido com mais uma falha de electricidade. A povoação tem atraído pessoas da capital, mas as falhas constantes de energia deixam a desejar. O MIRANTE conversou com moradores, alguns cujo sustento vem do teletrabalho.

O recente apagão não surpreendeu alguns moradores de Cortiçóis, freguesia de Benfica do Ribatejo, concelho de Almeirim, que vivem com falhas de electricidade constantes e sem razão aparente. A junta de freguesia confirma o problema e garante reportar todos os casos à EDP para o caso de haver electrodomésticos estragados. A O MIRANTE, a presidente da junta de freguesia, Cândida Lopes, explica que o problema piorou há cerca de um ano.
Ana Menezes, 39 anos, mora em Cortiçóis há um ano e meio e desconhecia as falhas de electricidade quando decidiu mudar-se de Lisboa. Trabalha em teletrabalho para uma empresa americana na área da saúde e, embora a entidade patronal já saiba do problema, diz não ser de “bom tom” e sublinha que o equipamento de trabalho é da empresa, caso se estrague. Relata que muitas vezes quando o piquete chega já há luz e “não fazem nada”. Ana Menezes afirma ter investido em tomadas contra os picos de electricidade, que descreve como “uma criança a ligar e desligar um interruptor”.
“A luz falha e volta e os electrodomésticos vão à vida... arcas, frigoríficos, termoacumuladores”, lamenta Júlio Quaresma. Tal como Ana Menezes, o casal Júlio Quaresma e Ana Dias, na casa dos 30 anos, mudou-se de Lisboa há poucos anos. Com o filho nos braços, Ana Dias admite ter o posto de trabalho em risco, na área do atendimento ao cliente. “Há dois anos e meio que justifico à empresa que tenho falhas” de energia, afirma. “Um pico de um minuto é um quarto de hora sem trabalhar”, acrescenta o marido referindo-se ao reinício do router da Internet, além de correr o risco de as informações dos clientes não terem ficado guardadas na plataforma online.
Maria do Rosário, 64 anos, tem o seu mini-mercado na aldeia há perto de 40 anos e conta que o problema piorou nos últimos anos. Quando falha a luz, aponta as compras dos clientes e faz as contas à mão, revelando que os técnicos vão de vez em quando arranjar as arcas. No sábado a seguir ao apagão, a luz terá faltado em Cortiçóis durante duas horas e os populares afirmam nunca serem avisados.
O MIRANTE contactou a E-Redes por via telefónica para obter esclarecimentos, no entanto, não nos foram prestadas informações e a indicação foi de que para qualquer esclarecimento existe um formulário online.

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