Sociedade | 16-05-2025 17:26

Chegou ao fim o imbróglio com o campo das pratas no Cartaxo

Chegou ao fim o imbróglio com o campo das pratas no Cartaxo
Presidente da Câmara do Cartaxo, João Heitor

Campo das pratas no Cartaxo foi adquirido pela câmara municipal. Equipamento tinha sido retirado ao Sport Lisboa e Cartaxo por falta de pagamento de rendas no mandato de Paulo Varanda

O município do Cartaxo colocou um ponto final no imbróglio com mais de uma década relativo ao Campo das Pratas e assinou a 13 de Maio deste ano o contrato de promessa de compra e venda do terreno no valor de 165 mil euros, a serem pagos em duas prestações. O contrato prevê a compra de um prédio urbano, onde se encontra o campo, e de uma parcela de terreno adicional, destinada à instalação de um parque de estacionamento e/ou outras infraestruturas complementares.

A aquisição permite à câmara assegurar o domínio pleno sobre um espaço com reconhecido interesse para o desenvolvimento de actividades desportivas e de lazer, ao abrigo das competências que lhe são atribuídas por lei no apoio aos tempos livres e ao desporto. Recorde-se que em Novembro de 2003, o ex-proprietário do terreno onde está o campo de futebol moveu uma acção de despejo contra o Sport Lisboa e Cartaxo-

Para tentar resolver o litígio e conseguir a retirada do processo, o município, na altura liderado pelo socialista Paulo Caldas, celebrou um contrato de arrendamento que incluiu a possibilidade de uma futura operação de loteamento do prédio (com uma área de 54.240 metros quadrados) onde está implantado o campo de futebol e as infra-estruturas de apoio (7.576 metros quadrados). A câmara assumiu então o pagamento da indemnização pedida pelos proprietários ao clube, no valor de 62.500 euros, e o pagamento de uma renda mensal, que repercutiu no protocolo anual celebrado com o clube.

Contudo, a falta de pagamento das rendas pelo município, presidido na altura por Paulo Varanda (PS), a partir de Janeiro de 2013 levou os proprietários a meterem, em Outubro desse ano, uma acção para resolução do contrato e devolução imediata do terreno. A acção foi executada em Março de 2015, com o ex-presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), a ser notificado da obrigatoriedade de pagamento de 2.500 euros por cada mês que passasse entre a cessação do contrato e a entrega efectiva do imóvel. Em Maio desse ano a câmara municipal foi notificada para pagamento imediato de 39.122 euros, tendo entregado o imóvel aos proprietários em Junho.

O clube iniciou negociações com os proprietários com o objectivo de manter a sua actividade, mas não houve acordo. O executivo municipal invocou o facto de aquele campo permitir a prática desportiva a mais de 300 crianças e jovens e a incapacidade do estádio municipal de receber mais esses atletas, bem como os apoios e investimentos realizados, que totalizaram mais de 725.584 euros entre 2002 e 2010, nomeadamente com a colocação de relvado sintético (206.550 euros), em 2006/07. As equipas de futebol dos escalões jovens do SL Cartaxo foram obrigadas a recorrer a outros campos do concelho e do concelho vizinho de Azambuja para treinar e jogar.

O presidente da câmara, João Heitor, revelou recentemente a O MIRANTE que a autarquia está com ideias de mudar o relvado do estádio municipal, inaugurado em 2005, com ganhos em termos de custos de manutenção. O relvado natural está a custar ao município cerca de sete mil euros mensais e a ideia é colocar um relvado sintético com custos muito mais baixos.

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