Sociedade | 16-05-2025 21:00

Santarém aposta na digitalização do centro histórico com lojas online

Santarém aposta na digitalização do centro histórico com lojas online

O Bairro Comercial Digital de Santarém deverá começar a ser implementado este ano e visa a digitalização do comércio tradicional.

A Câmara de Santarém está a desenvolver o projecto Bairro Comercial Digital, que abrange cerca de 300 lojas e prevê um investimento de cerca de 1 milhão de euros. “O projecto pretende aumentar a competitividade do comércio local e atrair mais visitantes ao centro histórico”, afirmou o vereador com o pelouro do Centro Histórico, Nuno Domingos (PS), sublinhando que a iniciativa visa também colmatar alguns problemas "como a desocupação comercial e a perda de população no centro histórico".

De acordo com o autarca, o Bairro Comercial Digital de Santarém deverá começar a ser implementado este ano e visa a digitalização do comércio tradicional, através da criação de uma plataforma que permitirá a cada comerciante aderente dispor de uma loja ‘online’ autónoma. Financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), o projecto representa um investimento de cerca de 1 milhão de euros e abrange mais de 20 ruas do centro histórico de Santarém, onde existem aproximadamente 300 lojas.

O Bairro Comercial Digital de Santarém contempla ainda a instalação de uma rede Wi-Fi gratuita em toda a área abrangida, ecopontos inteligentes e a criação de um website com informações sobre o centro histórico, incluindo alertas de trânsito e dados estatísticos. “Queremos construir um espaço digital onde seja possível encontrar todos os produtos do bairro e onde os comerciantes tenham acesso a métricas e dados que os ajudem na tomada de decisões”, referiu.

Está ainda prevista a existência de cacifos no edifício da câmara municipal e na estação rodoviária, onde os clientes poderão levantar os produtos adquiridos. “O comerciante faz chegar a compra ao cacifo e depois a pessoa passará pelo cacifo e levantará o produto” explicou o vereador.

Haverá também aplicações de realidade aumentada para visitas virtuais ao centro histórico e a equipamentos culturais, como museus e igrejas. Cada ponto de interesse poderá ser explorado através de um código QR, onde o visitante terá acesso a conteúdos informativos sobre o espaço. “A realidade aumentada permitirá visitas e ‘tours’ ao bairro. Os visitantes poderão explorar a cidade através de um mapa digital com informações complementares sobre um determinado espaço ou loja”, revelou.

Toda a infraestrutura será monitorizada a partir de um centro de comando, a instalar junto ao gabinete do centro histórico. O gestor do bairro terá ainda funções de apoio aos comerciantes, com especial atenção aos comerciantes mais velhos, que têm menos familiaridade com as novas tecnologias. “Os comerciantes estão com alguma expectativa de perceber como é que isto vai funcionar, alguns comerciantes, sobretudo os mais velhos, têm algum receio, mas vamos dar uma ajuda para os comerciantes ultrapassarem essas dúvidas e dificuldades”, concluiu Nuno Domingos.

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