Santarém pondera criar polícia municipal para responder ao crescimento populacional
O presidente da Câmara de Santarém considera que a Polícia de Segurança Pública enfrenta actualmente uma carência de recursos humanos no concelho, o que levou já à intervenção da autarquia junto do Governo.
A Câmara de Santarém está a avaliar a criação de uma polícia municipal, face ao aumento da população e à carência de efectivos da PSP no concelho, afirmou à Lusa o presidente da autarquia, João Leite (PSD). “Estamos a avaliar a viabilidade da criação de uma polícia municipal. É um tema que resulta diretamente do crescimento populacional que temos registado no concelho”, disse.
Segundo João Leite, o aumento de residentes é “positivo e feliz”, mas exige que o município reflicta sobre a necessidade de reforçar os meios de segurança existentes. Nesse sentido, a autarquia iniciou um estudo sobre as capitais de distrito que já implementaram este modelo.
O presidente da câmara explicou que a Polícia de Segurança Pública (PSP) enfrenta actualmente uma carência de recursos humanos no concelho, o que levou já à intervenção da autarquia junto do Governo. “Tenho pressionado o Governo atual e pressionarei o próximo para que esta situação seja corrigida. Ainda assim, é fundamental que o município também se prepare para dar uma resposta própria”, disse.
A nova força policial local, acrescentou, teria funções complementares às da PSP, contribuindo para “reforçar o sentimento de segurança da população”. O objectivo, disse, é que também a administração local possa dar um contributo direto na área da segurança.
Sobre a localização de uma eventual esquadra municipal, o autarca apontou para a área onde actualmente operam os bombeiros sapadores, admitindo a criação de um pólo alargado de protecção civil, com uma possível expansão para edifícios adjacentes. “É um plano ainda numa fase muito inicial, mas queremos fazer este trabalho com tempo e cautela”, acrescentou.
Embora os dados do primeiro trimestre deste ano apontem para uma diminuição da criminalidade em comparação com o mesmo período do ano anterior, a percepção de segurança continua a ser, de acordo com João Leite, uma prioridade. “A existência de homens e mulheres que transmitam esse sentimento de segurança à população é algo positivo, não só para quem cá vive, mas também para quem nos visita”, concluiu.