Sociedade | 20-05-2025 15:00

Casa Poeta Ruy Belo ruiu e está a ser construída uma casa museu de raiz

Casa Poeta Ruy Belo ruiu e está a ser construída uma casa museu de raiz
A construção da Casa Poeta Ruy Belo está a andar em bom ritmo, no local onde em tempos esteve a casa onde nasceu o poeta. fotoDR

A parede que restava da casa onde nasceu o poeta Ruy Belo, em São João da Ribeira, ruiu e a casa museu que ali está a ser construída é toda de raiz. As obras, que sofreram diversos contratempos ao longo dos últimos quatro anos, devem ficar concluídas em 2026.

As obras da Casa Poeta Ruy Belo, em São João da Ribeira, estão a decorrer a bom ritmo, depois de diversos contratempos que têm arrastado no tempo a empreitada - da responsabilidade da Câmara de Rio Maior -, que inclusivamente levaram à revogação do contrato com a primeira empresa a quem foram adjudicados os trabalhos. O último percalço foi a derrocada da parede que restava do edifício original, pelo que da casa onde nasceu o poeta, em 1933, não resta nada. A empreitada visa criar ali uma casa museu dedicada a Ruy Belo (falecido em 1978) e uma residência artística.
A obra em curso foi adjudicada à empresa Detalhes Cautelosos Unipessoal, Lda., por 474.565 € mais IVA e prevê-se que esteja concluída em 2026. A intervenção tinha garantida uma comparticipação de 300 mil euros por parte do Fundo do Turismo e a Câmara de Rio Maior já pediu um prolongamento do prazo a essa entidade para poder continuar a contar com esse apoio financeiro.
Apesar da ruína da parede que restava da edificação original, o projecto de arquitectura manteve-se, mas foram feitas algumas alterações, tendo em conta uma mina de água/galeria que se encontra no subsolo e que, de acordo com o relatório arqueológico pedido pela Câmara de Rio Maior, data, pelo menos, do século XVI.

Obra devia ter ficado concluída em 2021
O primeiro contrato para as obras na Casa Poeta Ruy Belo foi publicado em 19 de Abril de 2021 e definia um prazo de execução de 180 dias mas foi sendo prolongado temporalmente até 543 dias, incluindo períodos de suspensão, com o último prazo apontado para 5 de Junho de 2023. A obra nunca correu ao ritmo previsto, a câmara chegou a aprovar a aplicação de uma multa ao empreiteiro, e a derrocada de parte do edificado e um abatimento de terras durante a obra desvendaram a existência de galerias subterrâneas na zona. Uma situação imprevista que aumentou o grau de complexidade da empreitada e também o seu custo, pelo que a autarquia decidiu revogar o contrato com a empresa Solmaior por comum acordo. A revogação do contrato de empreitada não previa indemnizações nomeadamente, danos emergentes ou lucros cessantes, para qualquer das partes.
No despacho assinado na altura pelo presidente da Câmara de Rio Maior, Filipe Santana Dias (PSD), referia-se que durante a empreitada houve um conjunto de imponderáveis que condicionaram o desenvolvimento dos trabalhos e obrigam à adequação do projecto às reais condições com consequências no custo e prazo da empreitada. “(…) o projecto desta empreitada já não está adequado à realidade agora apurada no local em que se encontra implantada a Casa Poeta Ruy Belo”, lia-se no documento.

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