Sociedade | 25-05-2025 12:00

Concurso para construção de laboratório de conservação e restauro em Vila Franca de Xira fica deserto

Em causa obras de 480 dias que iam ter lugar no antigo edifício da assembleia municipal no centro da cidade.

O concurso público para a empreitada de construção do laboratório de conservação e restauro e de reservas museológicas de Vila Franca de Xira, que iria nascer no antigo edifício da assembleia municipal no centro da cidade, ficou deserto, após não terem sido apresentadas quaisquer propostas dentro do prazo estipulado pelo concurso público.
Nenhuma empresa de construção achou vantajoso o preço fixado para a empreitada pela câmara, no valor de um milhão e 250 mil euros e que tinha um prazo de execução previsto a rondar os 480 dias.
A Câmara de Vila Franca de Xira aprovou o lançamento do procedimento pré-contratual nas reuniões públicas de 29 de Janeiro e 12 de Março de 2025, tendo a assembleia municipal autorizado previamente a abertura do concurso e a assunção do compromisso plurianual na sessão extraordinária de 20 de Fevereiro. Face à ausência de propostas a câmara aprovou agora a não adjudicação do contrato e a consequente extinção do procedimento, com o presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, a admitir que poderá ser necessário rever o valor da empreitada em alta.
A intervenção, recorde-se, previa a reabilitação do antigo edifício situado na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, dotando-o das condições necessárias para os trabalhos de conservação e restauro do espólio dos museus municipais, que hoje em dia acontece na Quinta da Piedade na Póvoa de Santa Iria. A nova infraestrutura permitirá, segundo a proposta que foi aprovada pela câmara e que O MIRANTE já deu nota, melhorar significativamente as condições de trabalho dos técnicos municipais e valorizar a actividade museológica. Além disso, o projecto também vai permitir aumentar o espaço de reservas do Museu do Neo-Realismo, que se encontra adjacente ao edifício a ser reabilitado. A ligação entre os dois imóveis será feita pela fachada posterior.
O novo edifício, recorde-se, seria estruturado em três pisos: no rés-do-chão uma entrada dos funcionários pelo número 80, um núcleo de escadas de comunicação com os pisos superiores e uma bancada de trabalho. Neste piso, estarão localizadas a Sala de Reserva Museológica e a Sala de Quarentena e Manutenção de Produtos Químicos. No primeiro piso ficará o laboratório de Conservação e Restauro de Objectos de Grandes Dimensões, a chamada área húmida e de lavagem, área administrativa e de pesquisa, além de uma secção destinada a registos fotográficos e documentação. Por fim, o segundo piso contará com o laboratório de conservação e restauro de documentos, uma sala de armazenamento de produtos, sala de higienização de documentos e inventário, uma pequena copa e uma instalação sanitária.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1717
    21-05-2025
    Capa Médio Tejo
    Edição nº 1717
    21-05-2025
    Capa Lezíria Tejo
    Edição nº 1717
    21-05-2025
    Capa Vale Tejo