Sociedade | 31-05-2025 10:00

Munícipe continua protesto contra abate de árvores em Tomar

Munícipe continua protesto contra abate de árvores em Tomar
Joana Simões foi à Assembleia Municipal de Tomar criticar o abate de árvores

Depois de ter ido a uma reunião de câmara mostrar o seu descontentamento pelo corte de árvores na rua onde mora, a munícipe Joana Simões foi à Assembleia Municipal de Tomar reforçar a sua posição. O presidente da câmara frisou que foram plantadas praticamente o dobro das árvores abatidas.

O abate de árvores continua a dar que falar em Tomar. Depois de ter ido a uma reunião de câmara mostrar o seu descontentamento pelo corte de árvores na rua onde mora, a munícipe Joana Simões foi à última sessão da Assembleia Municipal de Tomar reforçar a sua posição. A cidadã tem sido uma voz activa contra o abate de árvores que aconteceu na Avenida Dr. Egas Moniz, na sequência da empreitada de requalificação da Rua Dr. José Tamagnini, que está em curso. A contestatária criou mesmo uma petição online contra o abate das árvores, tendo chegado às 400 assinaturas. O presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão (PS), insiste que as árvores cortadas estavam em fim de vida e que em sua substituição foram plantadas praticamente o dobro das árvores.
Joana Simões acusa a Câmara de Tomar de ter cometido um “acto cruel e prepotente” contra a Natureza. “Foi com profunda tristeza que assisti ao abate de 10 olaias na Avenida Dr. Egas Moniz”, frisou a munícipe, acrescentando que a intervenção nessa avenida, onde mora, foi camuflada na empreitada de requalificação da Rua Dr. José Tamagnini, não tendo sido apresentada nem discutida com os moradores da Avenida Dr. Egas Moniz.
Na resposta, o presidente da câmara reconheceu que este é um tema sensível em Tomar. O autarca explicou que a intervenção que está a acontecer na Rua Dr. José Tamagnini começou a ser preparada há cerca de três anos. “Essa é uma intervenção por um lado desejada por muitos moradores, que aliás cederam terreno para podermos abrir a rua, mas também uma intervenção necessária para a questão da malha urbana e da rede viária da cidade”, esclareceu. Hugo Cristóvão referiu que para fazer a intervenção na rua havia um conjunto de árvores que tinham que ser mexidos, tendo sido necessário avaliar o seu estado.
“Naturalmente que se estivéssemos a falar de árvores jovens, de árvores que estivessem na plenitude da sua vida e da sua saúde, o transplante poderia ser considerado, por exemplo, mas não é disso que estamos a falar. São árvores que estão em estado terminal, um mês antes das obras começarem uma dessas árvores caiu de pé, o que demonstra o estado delas”, mencionou o presidente da câmara. Hugo Cristóvão terminou informando que no lugar das nove árvores que foram retiradas, vão ser plantadas 17 árvores, sublinhando que numa década foram plantadas mais de 500 árvores em toda a cidade.

Nem todos os moradores estão contra
O MIRANTE esteve na rua da polémica e conversou com alguns moradores. A maioria parece concordar que o abate de árvores não devia ter acontecido. Um dos moradores com quem conversámos, que vive na rua há mais de 50 anos, disse mesmo que é o “quero, posso e mando” por parte da câmara. Outro morador concordou, referindo que a rua já não é o que era, tendo-se perdido a beleza das árvores e a sombra. Mas nem todos os moradores estão contra a obra, caso de um munícipe que vive nas proximidades e que afirmou ser a favor do abate das árvores, desde que as novas plantadas sejam iguais ou idênticas às anteriores.

Obras na Rua Dr. José Tamagnini em Tomar

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