Sociedade | 31-05-2025 18:00

Vigilantes dos centros de saúde de VFX queixam-se de más condições no trabalho

Sindicato do sector agendou reunião entre representantes dos trabalhadores e a empresa privada que a Câmara de Vila Franca de Xira contratou para assegurar a segurança dos centros de saúde, depois de se ouvirem queixas dos profissionais ao longo das últimas semanas.

Os profissionais que estão a assegurar a segurança e vigilância dos centros de saúde do concelho de Vila Franca de Xira estão descontentes com a empresa contratada pela câmara municipal e queixam-se de problemas graves e atropelos às suas condições laborais e direitos básicos. Vários trabalhadores contam a O MIRANTE que desde que a empresa Praxi Segurança assumiu o contrato de prestação de serviços nos centros de saúde, em Janeiro de 2025, os trabalhadores da segurança têm enfrentado uma série de problemas graves que têm gerado um clima de insatisfação.
Os trabalhadores, que falam sob anonimato com receio de represálias, garantem que não estão a receber o normal pagamento das horas extra, entre outros problemas. “Muitos vigilantes têm cumprido horários além do estipulado mas a empresa não tem remunerado esse esforço adicional, violando o Código do Trabalho e os direitos dos trabalhadores”, lamentam. Além disso, os profissionais falam de uma cobrança ilegal do fardamento que estão obrigados a usar, no valor de 150 euros, considerando que o equipamento de trabalho deve ser fornecido gratuitamente pelo empregador. Queixam-se também que o salário base dos vigilantes ainda não foi actualizado, estando a ser pago a 912 euros quando, alegam, deveria rondar os 960 euros, bem como o subsídio de alimentação, que ao invés dos 7,05€ pagos deveria ser de 7,42€.

Sindicato “muito preocupado”
O MIRANTE questionou a empresa Praxi Segurança sobre este assunto mas não recebeu qualquer resposta. Já o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STAD) mostra-se muito preocupado com o que está a acontecer no concelho de Vila Franca de Xira. Rui Tomé, coordenador do sindicato, diz a O MIRANTE que foi marcada uma reunião entre o sindicato e a empresa, no Ministério do Trabalho, para tentar encontrar pontes de entendimento sobre as questões levantadas pelos profissionais.
“Esta é uma situação que nos está a preocupar imenso, porque a empresa não parece estar a cumprir as matérias laborais e queremos ouvi-la e perceber o que está a acontecer. Se nada for feito o sindicato vai agir”, promete Rui Tomé, garantindo que o STAD vai ficar ao lado dos trabalhadores nas próximas semanas.
A Câmara de Vila Franca de Xira, a quem foi delegada a responsabilidade de contratar a segurança dos centro de saúde, diz ao nosso jornal não ter conhecimento de qualquer queixa ou denúncia dos vigilantes sobre estes relatos, mas informa que diligenciou contactos com a Praxi Segurança para obter mais informações. A autarquia lembra que, da sua parte, “cumpre integralmente com todas as suas obrigações contratualmente previstas” com a empresa prestadora do serviço.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1718
    28-05-2025
    Capa Médio Tejo
    Edição nº 1718
    28-05-2025
    Capa Lezíria Tejo
    Edição nº 1718
    28-05-2025
    Capa Vale Tejo