Sociedade | 01-06-2025
A arte da tiragem da cortiça ainda resiste em Santana do Mato


Assinala-se este domingo, 1 de Junho, o Dia Nacional do Sobreiro e da Cortiça, uma data que homenageia a importância desta árvore do ponto de vista ecológico e económico. Em Santana do Mato, freguesia rural do concelho de Coruche, a tradição da tiragem da cortiça continua a ser praticada por quem aprendeu o ofício desde cedo.
No Dia Nacional do Sobreiro e da Cortiça, que se assinala este sábado, 1 de Junho, a freguesia de Santana do Mato, em Coruche, dá voz a dois homens que ainda preservam uma arte antiga e exigente, passada de geração em geração.
António Agostinho Matias Aurélio começou a tirar cortiça em menino. Tem hoje 86 anos e apenas faz demonstrações da arte que aprendeu em criança. Domina como ninguém a técnica da tiragem à falca, feita com uma enxó – uma pequena machada para retirar a cortiça. “Esta é uma arte que tem de ser aprendida, não é qualquer um que vem para aqui”, afirma. Com décadas de experiência na agricultura, António Matias Aurélio conhece bem as nuances do ofício.
Também de Santana do Mato, Cristalino Friezas, conhecido por “Ferro”, tem 47 anos e é considerado um dos mais jovens entre os tiradores de cortiça. “Em 100 tiradores, se calhar há 20 com menos de 40 anos”, diz. Começou em 1996, como molheiro, e depressa passou a tirar cortiça a sério.
“A tiragem da cortiça não se faz de qualquer forma. É preciso, em primeiro lugar, força de vontade porque é um trabalho duro e depois a técnica é aperfeiçoada a cada dia, até porque cada árvore é uma árvore”, sublinha.
*Mais para ler na edição impressa de O MIRANTE
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