Sociedade | 01-06-2025 12:00

Autarca de Benavente elogia resposta a furtos mas insiste no reforço de meios da GNR

Casos de insegurança registados em Santo Estêvão estão controlados e houve actuação coordenada com GNR, junta de freguesia e Ministério Público. A Câmara de Benavente alerta, no entanto, para a escassez do contingente da Guarda no concelho.

A Câmara Municipal de Benavente garante que a recente vaga de assaltos e situações de insegurança em Santo Estêvão foi travada com uma acção concertada entre autarquia, GNR, junta de freguesia, associações de proprietários das zonas afectadas e o Ministério Público. Segundo o presidente Carlos Coutinho (CDU), os episódios que geraram alarme na população estão resolvidos e não há registo de novas ocorrências graves.
As declarações do autarca foram proferidas na mais recente reunião pública do executivo municipal, depois de uma intervenção da representante do Partido Socialista, Alexandra Teixeira, em substituição do vereador Joseph Azevedo, ao questionar o elenco camarário sobre o que tem feito para garantir a segurança da população na sequência de vários casos de insegurança reportados nas escolas do concelho, furtos em Santo Estêvão, entre outros.
Carlos Coutinho sublinha que a GNR “fez uma intervenção muito consistente”, recorrendo inclusive ao núcleo de investigação criminal, e que foram identificadas situações específicas que permitiram “pôr cobro ao clima de instabilidade”. A autarquia continua a acompanhar a situação e, até ao momento, não há relatos de novos casos de relevo.
Sobre ocupações ilegais de habitações, o presidente referiu que há apenas duas situações identificadas, que até à data ainda não foram formalmente comunicadas à GNR pelos proprietários. Carlos Coutinho reforça que, segundo indicações do Ministério Público, essas denúncias devem ser feitas no prazo máximo de 48 horas para permitir uma actuação eficaz das forças de segurança. “A GNR já conseguiu demover uma ou outra situação”, acrescenta o autarca. Apesar da resolução dos casos mais recentes, o edil de Benavente alerta para o desequilíbrio entre o crescimento populacional do concelho e a falta de efectivos da GNR. “Tínhamos, em 2000, 34 militares em Samora Correia e cerca de 30 em Benavente. Hoje a realidade é muito diferente e os meios diminuíram, enquanto as solicitações aumentaram”, referiu Carlos Coutinho, frisando que a câmara tem insistido junto das entidades competentes na necessidade de reforçar os recursos.
A segurança, segundo o autarca da CDU, não deve ser apenas uma resposta repressiva, mas uma presença constante e pedagógica na vida das pessoas. A segurança mede-se pelo sentimento da comunidade e para isso é preciso proximidade. “A GNR deve ser vista como parte da solução, e não apenas como entidade de intervenção”, concluiu.

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