Sociedade | 01-06-2025 14:39

Dia da Criança: brincar é um ensaio para a vida adulta

Dia da Criança: brincar é um ensaio para a vida adulta

Com impacto no bem-estar e desenvolvimento da criança, a brincadeira é um ensaio para a vida adulta. Com ela, aprende-se a lidar com emoções e a desenvolver ferramentas como a criatividade e empatia. E brincar ao ar livre traz vantagens únicas, defende a psicóloga Beatriz Dias, numa conversa a propósito do Dia da Criança, que se assinala este domingo, 1 de Junho.

Na infância, o brincar tem um papel fundamental no bem-estar e no desenvolvimento da criança. “O brincar é o ensaio da vida geral. A criança está a treinar a resolução de problemas, a aprender a regular emoções, a trabalhar a tolerância à frustração e a capacidade de espera, a empatia pelo outro e a copiar o que aprende, por exemplo, quando brinca com um kit médico, recriando a sua consulta de rotina. O brincar é, no fundo, a ferramenta que as crianças têm para se preparar para a vida adulta, portanto, quanto mais completo for este brincar mais completas e desenvolvidas serão em adultas”, defende a psicóloga, Beatriz Dias.
Foi para dar oportunidade às crianças e suas famílias de terem acesso a um brincar completo, diferente e criativo que Beatriz Dias e Osama El Rafaey abriram, no centro de Santarém, em Abril passado, o Espaço Meraki. Pais de uma menina de dois anos, contam que passavam os dias a correr para outras cidades para poderem proporcionar experiências diferentes e enriquecedoras à pequena Gabriela. “Só que gostamos muito de viver em Santarém e então pensámos que seria interessante pararmos de reclamar da nossa cidade e sermos proactivos, fazermos algo por ela”. Na pior das hipóteses, se não houvesse adesão por parte das famílias, seria um espaço para a Gabriela explorar com os seus pais. Mas não, a adesão aos ateliês que desenvolvem, pensados para diferentes idades e propósitos, têm sido um sucesso. “Às vezes não nos queremos preocupar em planear a brincadeira, às vezes não temos tempo... percebo que seja a realidade da maioria das famílias. Mas aqui sabem que vão encontrar um local seguro, planeado para as idades dos filhos onde os pais também são convidados a explorar”, refere.
Brincar, um direito da criança consagrado nos direitos das mesmas, deve ser, “em idades precoces, aquilo que fazem além das necessidades básicas”, destaca, explicando que é natural que há medida que a criança cresce é natural que o tempo de brincadeira vá diminuindo e aconteça de forma mais estruturada, embora deva continuar a estar presente. “A brincadeira não tem contraindicações” e a forma como acontece traz ensinamentos distintos: “brincar sozinho ensina competências como a tolerância a frustração, o resolver sozinho, e melhora a auto-estima; em grupo trabalham-se normas sociais, o respeito pelo outro, a noção de que existo eu e outros; brincar com o adulto beneficia a vinculação e o efeito espelho, de estar a aprender. Todas são importantes”.
*Artigo completo na próxima edição semanal de O MIRANTE.

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