Sociedade | 06-06-2025 11:40
Não deve ser a vítima de violência doméstica a sair de casa defende procurador-geral da República

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Procurador-geral da República defendeu em seminário, esta sexta-feira, 6 de Junho, que em caso de violência doméstica deve ser o agressor a sair de casa.
O procurador-geral da República defendeu esta sexta-feira, 6 de Junho, que, nos casos de violência doméstica, não deve ser a vítima a abandonar a casa e o ambiente familiar, mas sim o agressor, e apelou para que sejam feitas mudanças neste sentido.
Na sessão de abertura do seminário sobre violência doméstica, que decorre hoje no edifício da Polícia Judiciária, em Lisboa, Amadeu Guerra sublinhou que é fundamental que exista, no âmbito do combate ao crime de violência doméstica, “uma mudança de paradigma”.
“Pretendo sensibilizar a senhora ministra da Justiça no sentido de que, no meu ponto de vista, o agressor é que deve abandonar a casa e não a vítima. Não faz sentido a situação actual e devemos pensar essa situação”, defendeu o procurador-geral da República.
Fazendo referência à estratégia da Procuradoria-Geral da República sobre violência doméstica, publicada este ano, Amadeu Guerra defendeu também que é crucial que exista um reforço da audição das vítimas para memória futura, evitando assim que as vítimas estejam sujeitas a relatar repetidamente as situações de violência que viveram.
Neste contexto, o procurador-geral da República assumiu que é preciso “ir mais longe e ouvir o agressor e os serviços de saúde que prestaram apoio à vítima de forma a que se consiga a prova necessária”.
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