Sociedade | 07-06-2025 21:00

Morador do Porto Alto desespera com acumulação de lixo em terreno vizinho

Morador do Porto Alto desespera com acumulação de lixo em terreno vizinho
Domingos Grulha pede solução para o que diz ser um perigo de saúde pública junto à sua habitação - foto O MIRANTE

Septuagenário que vive no Porto Alto tem denunciado há meses a acumulação de lixo num terreno contíguo à sua habitação, alertando para a presença de ratos, maus cheiros e risco de incêndio. Apesar das garantias da Câmara de Benavente, diz que o problema continua por resolver.

Domingos Grulha, 76 anos, mora há cinco anos na Estrada das Fontainhas, no Porto Alto, e está cansado de pedir ajuda para resolver a acumulação de lixo num terreno contíguo à sua residência. O munícipe, que em Abril alertou para o problema, voltou este mês a chamar a atenção da autarquia para o que considera ser um perigo de saúde pública. Estivemos no local e comprovámos que no quintal da habitação vizinha há materiais de todo o tipo, tais como paletes, uma roulote e até aves em gaiolas amontoadas por cima de resíduos.
O queixoso aponta a presença de ratos, maus cheiros e alerta também para o perigo de incêndio. No mês passado foi-lhe garantido que os serviços de fiscalização iriam deslocar-se ao local para verificar a situação. O município confirma que o fez, mas o residente assegura que a quantidade de lixo tem vindo a agravar-se a cada dia que passa e vinca que não quer ser obrigado a “viver no meio do lixo”. O presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), esclarece que os serviços de fiscalização estiveram mesmo no local e que está a ser elaborada uma notificação para obrigar o proprietário, que vive nas imediações, a remover os resíduos.
A situação não é nova e Domingos Grulha já tinha partilhado o seu desespero. “Tenho comprado quilos de pastilhas para ratos e não consigo acabar com eles”, diz, acrescentando que, por vezes, remove aqueles que morrem do seu quintal com uma pá e uma vassoura. Referiu também que o problema se arrasta há três anos e que já recorreu por diversas vezes à Protecção Civil e à Junta de Freguesia de Samora Correia, sem sucesso. Segundo relata, até o presidente da junta se deslocou ao seu quintal para ver o estado do terreno vizinho. “Já foram lá três carrinhas da câmara e saíram cheias de lixo, mas agora está pior”, afirma o munícipe.
A actuação do município, segundo refere o presidente, pauta-se pela legalidade e cabe ao serviço de fiscalização avaliar a situação no terreno e desencadear os procedimentos necessários. “Os cidadãos têm o dever de manter a salubridade nas suas propriedades”, concluiu Carlos Coutinho.
Domingos Grulha continua a viver com medo, partilhando a casa com a esposa, que se encontra numa cadeira de rodas, e com receio das consequências que possam resultada da acumulação de lixo no quintal do vizinho.

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