Sociedade | 11-06-2025 15:00

Trabalhadores da Nobre cumpriram 21.ª greve em dois anos

De acordo com o sindicato, os trabalhadores da Nobre Alimentação, em Rio Maior, agendaram nova greve para o dia 11 de Julho.

Os trabalhadores da empresa Nobre, em Rio Maior, que cumpriram a 21.ª greve nos últimos dois anos, vão pedir a intervenção da DGERT face à recusa da empresa em negociar o caderno reivindicativo, informou o sindicato. A greve, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos (SINTAB) contou com uma adesão próxima dos 90%, disse à Lusa a delegada sindical Inês Santos, estimando que no universo de 600 trabalhadores […] não chegam a 40 trabalhadores dentro da fábrica.
Em causa está a recusa da empresa Nobre Alimentação, sedeada em Rio Maior, em discutir com os trabalhadores o caderno reivindicativo entregue no início do ano, numa situação que se arrasta desde 2023 e que levou à realização de greves com uma periodicidade quase mensal. A representante da União dos Sindicatos participou em Maio no Comité Europeu realizado em Espanha, mas a posição foi a mesma. "Não vi abertura para qualquer negociação, mesmo da parte do grupo”, acrescentou. Num plenário realizado no início deste mês, os trabalhadores decidiram pedir a intervenção da Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para tentarem negociar e chegar a um entendimento, visto a empresa ter declarado, no inicio do ano, a intenção de “não negociar qualquer ponto do caderno reivindicativo".
O caderno reivindicativo para 2025 mantém a exigência de um aumento salarial de 150 euros e reivindica “um aumento superior no subsídio de alimentação e uma alteração no valor das diuturnidades, que a empresa tinha deixado de pagar em 2016, quando houve a caducidade do contrato e voltou a implementar no ano passado, mas não nos valores que deviam ser praticados”, explicou à Lusa o dirigente do SINTAB, Diogo Lopes. Os trabalhadores reclamam ainda o aumento do subsídio de refeição dos actuais 5,50 euros para oito euros e, no caso das diuturnidades, um aumento de cerca de cinco euros.
Contactada pela Lusa a Nobre Alimentação confirmou estar a “decorrer uma paralisação por parte dos colaboradores da fábrica, impactando a actividade diária da fábrica”. Na resposta enviada por e-mail a Nobre Alimentação reitera “o compromisso em dar continuidade a este diálogo regular, procurando, em conjunto, encontrar o caminho mais equilibrado para o futuro".

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