Sociedade | 13-06-2025 15:00

Cancro da mama está a aumentar e a afectar mulheres mais jovens

Cancro da mama está a aumentar e a afectar mulheres mais jovens
Pedro Freitas Carvalho, coordenador da Unidade da Mama do Hospital CUF Santarém, alerta para o aumento de casos de cancro da mama em mulheres com menos de 40 anos - foto O MIRANTE

Doença está a afectar mulheres mais novas. Desde 2016 regista-se um aumento anual de 3,5% no número de diagnósticos em mulheres com menos de 40 anos.

Desde 2016 regista-se um aumento anual de 3,5% no número de diagnósticos em mulheres com menos de 40 anos. Os rastreios a esta doença que tem grande impacto na auto-estima e na vida das doentes, já baixara, para 45 anos. A sensibilização das mulheres jovens, fazendo a auto-vigilância, é importante para garantir um diagnóstico atempado. O avanço da tecnologia e da medicina têm permitido melhorar o tratamento do cancro da mama, especialmente no que toca à cirurgia com novas técnicas que asseguram um tratamento menos invasivo, mais seguro e mais preciso.

A equipa da Unidade da Mama do Hospital CUF Santarém utiliza uma abordagem diferenciada, que combina o conhecimento e a experiência de cirurgiões gerais e cirurgiões plásticos: a cirurgia oncoplástica. Esta abordagem permite tratar e, em muitos casos, fazer a reconstrução mamária, na mesma intervenção. Desta forma, minimiza-se o dano causado pela cirurgia e o impacto na auto-estima das doentes. O Hospital CUF Santarém dispõe também de um hospital de dia oncológico. O tratamento do cancro da mama deve ser personalizado e na CUF dá-se importância a uma abordagem multidisciplinar, em que todos os casos são discutidos em reuniões multidisciplinares, com especialistas de diversas áreas e unidades da rede, para definir o melhor tratamento, com menores impactos.

O cancro da mama é uma doença cada vez mais prevalente? O cancro da mama é uma das neoplasias mais comuns nas mulheres e uma das principais causas de mortalidade. São diagnosticados cerca de nove mil novos casos anuais e a mortalidade relativamente a esta patologia ainda tem números expressivos. Morrem cerca de duas mil mulheres por ano. Sabemos que existe a probabilidade de uma em cada oito mulheres poderem ter cancro da mama.
Essa taxa de mortalidade tem a ver com o arrastar das situações, com um diagnóstico mais tardio? Existem múltiplos factores. É uma doença muito heterogénea e que é multifactorial e que se apresenta sobre múltiplos aspectos e com múltiplas gravidades. Temos casos clínicos que são diagnosticados numa fase inicial e casos que são diagnosticados numa fase mais tardia. Esta situação também tem a ver com o aumento do envelhecimento da população.

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