Sociedade | 19-06-2025 15:00

Dirigentes e atletas exigem melhorias no pavilhão de Samora

Dirigentes e atletas exigem melhorias no pavilhão de Samora
Dirigentes associativos apontam falhas no pavilhão de Samora Correia e pedem melhorias urgentes para garantir condições dignas de treino - foto O MIRANTE

Colectividades desportivas de Samora Correia queixam-se da degradação do pavilhão gimnodesportivo da cidade, apontando infiltrações, janelas inoperacionais, fendas e falta de condições para os atletas. Município garante que tem feito manutenção regular e promete melhorias em breve.

O pavilhão gimnodesportivo de Samora Correia, com 37 anos de uso intenso e milhares de atletas a passar pelas instalações, apresenta alguns sinais de desgaste que preocupam as colectividades desportivas que ali desenvolvem a sua actividade. Entre infiltrações, janelas que não abrem, fendas por avaliar e ausência de cacifos, os clubes denunciam um conjunto de carências estruturais que dificultam a prática desportiva. A professora Cândida Ramos, do Ateneu Gímnico de Samora Correia (Ateneugisc), lamenta que esteja “tudo na mesma” e alerta para as consequências das más condições na saúde dos atletas. “As ginastas não respiram o ar como deveriam”, disse, referindo-se ao facto de não ser possível abrir várias janelas do piso superior, onde se realizam os treinos.
A responsável sublinha ainda que as janelas acumulam calor e cheiros, o que prejudica a prática da ginástica. Recorda, também, que em 2024 ocorreram três inundações no espaço, além de infiltrações já antigas e da ausência de cacifos, o que obriga os atletas a deixarem o equipamento no chão. A docente lamenta que algum material do clube tenha de ser armazenado em prateleiras improvisadas e defende que o ideal seria dispor de um praticável de ginástica rítmica com as dimensões regulamentares de 14x14 metros.
O Núcleo de Andebol de Samora Correia (NASC) também manifestou preocupações idênticas durante uma visita de representantes do PSD ao pavilhão. O vereador Luís Feitor (PSD) destacou, em reunião do executivo, “condições pouco dignas” para a prática desportiva, apontando, entre outras falhas, a ausência de sensores na central de incêndios, janelas inoperacionais e a partilha do espaço entre jogadores de andebol e praticantes de sevilhanas, o que levanta problemas logísticos. “Imaginem com este calor as condições que estes desportistas têm”, observou o autarca, que apela à resolução de problemas já anteriormente comunicados à Câmara de Benavente.
O presidente da autarquia, Carlos Coutinho (CDU), garante que o município tem tido a preocupação de manter o espaço funcional, recordando que os clubes não pagam pela sua utilização e são apoiados por funcionários da câmara. Sobre a partilha entre modalidades, considera tratar-se de “uma questão de bom senso e de bom relacionamento”. A pintura exterior do edifício está prevista para este ano, segundo o autarca, que acrescenta já terem sido realizadas intervenções significativas, como a reabilitação da zona entre a bancada e a nave central, bem como a renovação dos balneários.
O vereador Hélio Justino, antigo dirigente do NASC, reforça que o pavilhão, inaugurado em Abril de 1988, “é muito bom, confortável e bem localizado”, mas naturalmente requer manutenção periódica. Entre as melhorias já efectuadas, destacou a intervenção na cobertura, nos balneários e no gradeamento. Estão também em curso processos para reparar as janelas e resolver outras pequenas deficiências, aguardando apenas a conclusão de trâmites administrativos. Com bancadas para 360 espectadores, o pavilhão gimnodesportivo de Samora Correia serve principalmente o Agrupamento de Escolas, o NASC e o Ateneu Gímnico de Samora Correia.

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