Sociedade | 23-06-2025 15:00

Cedência de autocarros às colectividades de Benavente questionada em reunião de câmara

A Câmara de Benavente gere a cedência dos seus dois autocarros a cerca de 80 colectividades do concelho com base em critérios de distância, número de passageiros e frequência de utilização, numa lógica de equidade e rotatividade.

A cedência de transporte em autocarros da Câmara de Benavente às colectividades e associações do concelho segue critérios definidos que procuram garantir uma distribuição equitativa e justa, segundo explicou o executivo municipal, liderado pela CDU, na sequência de pedidos de esclarecimento levantados pelo PS. A vereadora socialista Alexandra Teixeira questionou, em reunião de câmara, a ausência de resposta a diversos pedidos de associações que foram relatados ao partido, pedindo ao executivo que explicasse os critérios utilizados na atribuição de transporte.
O presidente da câmara, Carlos Coutinho (CDU), reconhece que nem todos os pedidos podem ser satisfeitos, sublinhando que o município dispõe de apenas dois autocarros, que estão permanentemente ao serviço das colectividades durante a semana e aos fins-de-semana. “Temos uma dinâmica associativa muito forte, com cerca de 80 colectividades, e procuramos dar uma resposta equilibrada”, afirma, explicando que, ao contrário de outros municípios onde o transporte é cedido uma vez por ano, em Benavente o apoio é regular. O autarca defende que a gestão é feita de forma exemplar, frisando que o município tem como prioridade dar resposta a quem viaja mais longe ou a quem menos vezes beneficiou do apoio.
Também o vereador Hélio Justino (CDU) explica que os pedidos não são respondidos com grande antecedência por duas razões principais: a variabilidade das necessidades das associações e a gestão da disponibilidade dos motoristas. “Há associações que dependem de sorteios ou de fases seguintes em competições e só sabem se precisam de transporte em cima da hora. Outras sabem desde o início do ano. Se fechássemos os pedidos a quem pede primeiro, não estaríamos a ser justos”, refere.
Entre os critérios utilizados contam-se a distância da deslocação, o número de elementos a transportar e a frequência com que cada associação recorre ao transporte municipal. “Privilegiamos quem vai mais longe, mas também avaliamos a dimensão do grupo. É mais fácil encontrar solução alternativa para 20 do que para 50 pessoas”, exemplificou o vereador.
Casos excepcionais, como deslocações para o norte do país por parte de ranchos folclóricos ou bandas filarmónicas, são analisados com maior antecedência para permitir a organização das viagens, tendo em conta o custo elevado do aluguer de transportes privados.
A câmara reiterou ainda que o processo exige uma disponibilidade extraordinária por parte dos dois motoristas do município, que trabalham maioritariamente aos fins-de-semana, abdicando da sua vida pessoal para garantir o funcionamento do serviço apesar das limitações.

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