Sociedade | 28-06-2025 10:00

As baratas não dão descanso em Alverca e Vialonga

As baratas não dão descanso em Alverca e Vialonga
Executivo da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo e Sobralinho confirma estar a receber queixas de vários moradores por causa do aparecimento de baratas em vários locais da cidade - foto O MIRANTE

Todos os anos o cenário repete-se com a chegada do calor: moradores do concelho de Vila Franca de Xira, em particular das cidades, começam a ver baratas a entrar em casa vindas dos esgotos. Problema é recorrente e há zonas mais afectadas que outras. Município está a fazer este ano mais desinfestações do que no ano passado, mas mesmo assim a praga continua.

Mesmo com sete mil operações de desinfestação feitas pela Câmara de Vila Franca de Xira, as pragas de baratas em grandes localidades do concelho, nomeadamente em Alverca e Vialonga, continuam a incomodar os moradores. O cenário repete-se anualmente sempre que o tempo quente regressa, com centenas de baratas a saírem pelos esgotos, ralos e sumidouros para dentro das habitações, gerando desconforto e perigo para a saúde. “Aqui em casa temos todos os ralos tapados mas imagine ir lavar os dentes ou tomar banho e assim que abre o ralo as baratas saem às dezenas”, critica a O MIRANTE Artur Costa, morador da Quinta da Flamenga, em Vialonga. Diz que tanto ele como a vizinhança estão cansados de conviver com este problema. “Todos os anos queixamo-nos e nada acontece”, lamenta.
Situação semelhante acontece em Alverca, como conta ao nosso jornal Sandra Neto, residente na Rua do Barco, na Quinta da Ómnia. “Há dias na cama dei com uma barata a andar na almofada”, critica. O problema é antigo e já há três anos que a moradora se queixa e pede que as desinfestações sejam mais regulares. “O problema persiste todos os anos, toda a gente o conhece e a junta e a câmara não fazem nada para minorar a situação. Elas entram em casa vindas de todos os buracos”, lamenta. Na opinião de Sandra Neto, “a cidade de Alverca está como nunca antes se viu”, com falta de limpeza dos espaços públicos. “Os contentores estão sujos e cheios, as ervas por cortar, tudo isso contribui para as pragas urbanas”, critica.
O presidente da União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, Cláudio Lotra, confirma a O MIRANTE que a junta tem recebido várias reclamações sobre o assunto. A desinfestação urbana não é uma competência directa da junta e por isso o autarca faz o que todas as outras juntas do concelho fazem quando recebem as queixas dos moradores: encaminha para a câmara municipal. “É um problema sazonal e que tem múltiplos factores. Primeiro, porque o clima vai mudando e depois porque os produtos que se usam nas desinfestações, por imposição da União Europeia, são mais amigos do ambiente mas menos eficazes”, critica.
Questionado pelo nosso jornal, a Câmara de Vila Franca de Xira garante realizar intervenções regulares e sistemáticas de desbaratização e desratização em todo o concelho, para além de outras feitas em casos específicos e no seguimento de participações remetidas aos serviços. “As acções realizadas têm como objectivo reduzir os níveis de infestação nos colectores municipais e, dessa forma, prevenir o seu aparecimento. É, no entanto, importante que as redes de saneamento privadas sejam concomitantemente alvo de acções de desinfestação, evitando que essas infraestruturas se possam constituir como locais de refúgio ou focos recorrentes de infestação”, explica o município.

Quase 600 acções de desinfestação só este ano
Este ano, até final de Maio, a Câmara de Vila Franca de Xira já realizou 588 intervenções de desbaratização. “Importa mencionar que entre 2023 e 2024 o número global de intervenções realizadas pelos serviços da câmara aumentou 12,85%, aumento que tem sido recorrente de ano para ano, prevendo-se que o mesmo se venha a verificar igualmente em 2025”, nota o município. As acções de desinfestação, garante, integram-se no plano de intervenção de controlo de pragas urbanas que decorre ao longo de todo o ano, sendo efectuado um reforço nos períodos em que, devido às condições de calor e humidade, existem condições que favorecem a reprodução e mobilidade das baratas. “A maior parte das espécies urbanas de baratas tem maior incidência nos meses quentes, razão pela qual as intervenções de controlo são intensificadas nesta altura”, conclui.

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