Vidas Cruzadas: um exemplo de solidariedade e de apoio a famílias em Abrantes

Associação Vidas Cruzadas transformou a palavra solidariedade numa acção concreta. Dia após dia contribuem para que no Médio Tejo, particularmente em Abrantes, se realize um trabalho social profundo em diversas áreas. Respeito, empatia e solidariedade são os pilares fundamentais da associação.
No edifício São Domingos, situado no coração da cidade de Abrantes, a solidariedade deixou de ser apenas uma palavra abstracta e tornou-se numa acção concreta. Naquele espaço trabalha a associação Vidas Cruzadas, uma IPSS com sede no Tramagal que, desde 2007, se dedica a apoiar famílias em situação de vulnerabilidade, promovendo o desenvolvimento pessoal, a inclusão social e a esperança. A associação nasceu da necessidade de oferecerá comunidade um trabalho social que faça a diferença e que tenha impacto na vida das pessoas.
Solidariedade, respeito e empatia são palavras de ordem. “Não é fácil pedir ajuda. É importante colocarmo-nos nos sapatos do outro, porque só assim conseguimos perceber o que essas pessoas estão a passar para as ajudarmos”, explica a O MIRANTE Vânia Grácio, directora da instituição. Quase duas décadas depois da sua fundação, a Vidas Cruzadas continua a desenvolver projectos com enfoque nas famílias mais vulneráveis, trabalho comunitário, apoio aos migrantes, acompanhamento psicológico, apoio parental, recursos técnicos para pessoas com mobilidade reduzida e, sobretudo, é um espaço seguro onde cada história conta e onde não há distinção de idade, cor, nacionalidade ou grupo social. Contam também com uma loja social, que pode ser visitada e usufruída por qualquer pessoa, e uma carrinha itinerante que leva a loja social às comunidades mais isoladas. Tudo isto é possível através de parcerias com entidades locais, voluntários dedicados e uma equipa técnica qualificada, que aposta numa intervenção de proximidade.
Este ano está a decorrer o projecto BlueUp, onde é promovido o desenvolvimento de competências assim como o apoio às pessoas com autismo, hiperactividade e TDAH, bem como às suas famílias e comunidades escolares. “Temos uma parceria com a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo para formar profissionais para que possam ajudar as crianças da melhor forma e apoiar também os seus. Actualmente apoiamos cerca de quatro centenas de pessoas”, explica a directora. Outra iniciativa, é a da Rede Especializada de Intervenção na Violência, que tem vindo a desempenhar um papel fundamental no acompanhamento de vítimas. Actualmente a Vidas Cruzadas já não assegura o atendimento directo, mas continua a desenvolver um trabalho complementar e essencial, focado na protecção familiar e no apoio psicológico às vítimas que têm filhos menores.
Os desafios são constantes, mas a associação tem conseguido estabelecer uma relação de confiança com as famílias. “Conseguimos criar uma relação de confiança com as famílias e trabalhar com proximidade. O nosso projecto é diferenciador, ouvimos as pessoas e orientamos para que possam tomar as suas decisões”, assegura Vânia Grácio. Um dos outros desafios é o apoio aos imigrantes, integrado no programa CLAIM- Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes.
O trabalho desenvolvido pela Vidas Cruzadas revela-se fundamental para a construção de uma rede sólida de apoio onde, apesar das dificuldades e desafios, a associação destaca-se pela sua capacidade de ouvir, orientar e acompanhar os seus utentes de forma atenta e humana. Nesta instituição a complementaridade com outras entidades e a busca constante de soluções através da cooperação comunitária são elementos-chave que fortalecem a eficácia da intervenção. Segundo Vânia Grácio, a Vidas Cruzadas vai continuar a honrar o seu compromisso em contribuir para uma sociedade mais justa e inclusiva.