Assembleia de Freguesia de Samora Correia acusa ULS do Estuário do Tejo de desrespeito institucional

A comissão permanente da Assembleia de Freguesia de Samora Correia acusa a Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo de não responder aos sucessivos pedidos de reunião para discutir o funcionamento do centro de saúde da cidade. Os eleitos consideram a ausência de resposta uma afronta à instituição e à população.
A comissão permanente da Assembleia de Freguesia de Samora Correia, composta por representantes de todas forças políticas com assento nesse órgão, denunciou a falta de resposta da Unidade Local de Saúde (ULS) Estuário do Tejo aos pedidos de reunião para esclarecer o funcionamento do centro de saúde da cidade.
Segundo os eleitos, já foram enviadas várias solicitações formais à direcção da ULS, sendo o mais recente ofício remetido na segunda semana de Junho, sem que tenha havido qualquer tipo de retorno, à semelhança de outras démarches anteriores. “É uma falta de respeito não nos responderem, não só para com a assembleia de freguesia, mas para com a cidade de Samora Correia”, afirma Carlos Salvador Pernes, presidente da assembleia de freguesia, acrescentando que, caso a situação se mantenha, poderá tornar pública esta desconsideração apesar de o mencionar na última sessão ordinária.
O processo começou com um pedido dirigido à Unidade de Saúde Familiar (USF) de Samora Correia, que inicialmente mostrou disponibilidade para reunir, mas acabou por recuar, remetendo a responsabilidade para a entidade superior. “Fizemos três ofícios, enviámos novo pedido em Junho e até agora nem resposta nem justificação”, lamenta o autarca.
Os eleitos da assembleia de freguesia sublinham que o pedido visa obter informações claras sobre os recursos disponíveis na unidade de saúde, nomeadamente o número de médicos, os serviços prestados e os critérios de acesso a consultas, quer urgentes, quer não urgentes. “Independentemente dos partidos que representamos, todos concordámos na importância de esclarecer estas questões, enquanto representantes da população”, sublinha um dos membros do órgão autárquico.
A comissão aponta ainda o contraste entre a ausência de resposta aos autarcas locais e a disponibilidade demonstrada pela ULS para receber outros intervenientes, como o candidato do PSD, no Hospital de Vila Franca de Xira. “Não me parece ser um comportamento adequado de um organismo do Estado”, observou Augusto Marques, presidente da Junta de Freguesia de Samora Correia, lançando um apelo à reflexão sobre os critérios de comunicação e transparência institucional.