Ex-primeiro ministro José Sócrates começou hoje a ser julgado

Arrancou hoje no Campus da Justiça, em Lisboa o julgamento de um dos casos mais complexos da justiça portuguesa. Há mais de 20 arguidos, sendo um deles o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
O julgamento de José Sócrates começou hoje, 11 anos depois de ser detido e preso preventivamente. No Tribunal estão mais de 20 arguidos. O julgamento começou atrasado e até ao final da sessão da manhã, que acabou por volta das 12-30h, a audiência tem sido marcada pela troca de argumentos praticamente exclusiva entre a defesa de José Sócrates e a juíza Susana Seca, impedindo os trabalhos de prosseguir.
José Sócrates e o seu advogado têm feito de tudo para que o julgamento não prossiga, incluindo o pedido de recusa da juíza.
O Julgamento está a ser acompanhado quase ao minuto por vários órgãos de comunicação social.
Durante a interrupção para almoço, José Sócrates prestou declarações à saída do tribunal acusando a Juíza de “parcialidade". "A longa mão do Conselho Superior da Magistratura [CSM] está por todo o lado", "este julgamento nunca deveria existir", afirmou.
Na primeira fila, destinada aos réus, José Sócrates está sentado ao lado de Carlos Santos Silva, que a acusação acredita ter servido como um testa de ferro para o antigo primeiro-ministro. Ao lado de ambos está Joaquim Barroca, ex-administrador do Grupo Lena, do qual Santos Silva era gestor. Na outra ponta da fila estão sentados Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, antigos administradores da Portugal Telecom (PT).
Ausentes desta sessão estão três arguidos: Ricardo Salgado (ex-administrador do Grupo Espírito Santo), Hélder Bataglia (empresário) e José Paulo Pinto de Sousa (primo de José Sócrates).