Mercado semanal de Mouriscas continua a gerar problemas e preocupações
Na última reunião de câmara de Abrantes, o vereador Vasco Damas chamou à atenção para a reincidência de problemas no mercado semanal de Mouriscas e criticou o facto de o terreno adquirido pela câmara, em 2023, para relocalizar o mercado, ainda estar por utilizar.
O vereador Vasco Damas voltou a alertar, na reunião camarária de 24 de Junho, para os problemas do mercado semanal de Mouriscas, criticando a falta de avanços desde a aquisição de um terreno há mais de dois anos. O presidente da câmara, Manuel Valamatos, reconheceu os atrasos, mas garantiu que tem pressionado a junta de freguesia a avançar com a mudança. Segundo Vasco Damas, do ALTERNATIVAcom, a realização do mercado semanal de Mouriscas continua a preocupar a população devido aos problemas de regulamentação no local. O autarca adianta que recentemente o espaço teve a presença de forças de segurança no local, que “agravou o desconforto entre vendedores e visitantes” e reacendeu críticas sobre a falta de soluções do espaço. O vereador recordou ainda que, em Março de 2023, a câmara municipal aprovou a compra de um terreno para relocalizar o mercado, mas que após 27 meses ainda “continua sem qualquer utilização, mantendo-se os mesmos problemas”.
Manuel Valamatos admitiu que a situação “se vem arrastando há muitos anos” e que, apesar de a responsabilidade do mercado ser da junta de freguesia, a câmara procurou ajudar, nomeadamente com a compra do terreno. “A junta está na fase final de elaboração do novo regulamento e licenciamento do novo espaço e esperemos que em breve o processo avance”, explicou, acrescentando que o executivo municipal está disponível para colaborar, mas que não tem competências directas sobre o funcionamento do mercado. Manuel Valamatos reconheceu os constrangimentos causados no actual mercado, nomeadamente aos moradores e à paróquia local, mas destacou também que o mercado continua a ser procurado e valorizado pela população. “Tanto a junta como o município desejam que o novo espaço entre rapidamente em funcionamento, com regras claras, e que sirva bem toda a comunidade”, sublinhou.
Recorde-se que há vários anos se fala na necessidade de deslocalização do mercado por questões de regulação e ocupação do espaço público. Previamente, Manuel Valamatos, alertou para a problemática do mercado de Mouriscas ter crescido descontroladamente ao longo dos anos e que, actualmente, não cumpre as normas de segurança exigidas por lei, o que pode trazer consequências graves em caso de acidente.